Eleições 2017: fica acirrada a disputa pela presidência da Câmara de Tupã

Enquanto prefeito eleito busca apoio, Waldemir quer oposição. Três nomes aparecem cotados para o pleito em janeiro – Renan Pontelli, Amauri Mortagua e Pastor Rudynei Monteiro. Foto: Câmara – Eduardo Dantas –

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Começou a disputa pela presidência da Câmara de Tupã para o próximo biênio 2017/2018. Ontem (4), enquanto o prefeito eleito Ricardo Raymundo (PV) e o vice-prefeito Caio Aoqui (PSD) iniciaram conversações com os vereadores eleitos na tentativa de obter apoio no Legislativo, o ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) derrotado nas urnas domingo (2), busca o contra-ataque a partir de 1º de janeiro.

Nos bastidores políticos três nomes já surgiram com força para uma disputa acirrada – Amauri Mortágua (PR), Pastor Rudynei Monteiro (PP) e Renan Pontelli (PSB). Se por um lado os dois primeiros são experientes, o novato Renan (PSB) possui maioria e pode contar com os votos de Charles dos Passos e de Osmidio Fonseca Castilho, Pastor Castilho.

Waldemir acredita que apesar da derrota de virada ainda tem prestígio para influenciar na decisão da Mesa Diretora da Câmara e, para isso, aposta no mínimo nos votos de Telma Tulim e do Pastor Eliezer para defender o seu candidato preferido. Ainda assim, vai ter que buscar votos de outros partidos.

Ainda que o vereador Augusto Fresneda Torres, “Ninha Fresneda”, tenha sido recentemente conduzido para o PMDB pelas mãos de Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP), não é difícil ele se render aos apelos do líder de seu ex-partido – PSDB. Porém, com a suposta intenção de Rudynei buscar a presidência, Ninha sofrerá dupla pressão.

FORÇA DA UNIÃO

Ricardo carreata

Por outro lado, o prefeito Eleito Ricardo Raymundo e seu vice Caio Aoqui, que são vereadores até o fim deste ano, contarão com a força do Executivo e apostam num consenso para ajudar a eleger o presidente da Câmara. Em tese, o futuro prefeito conta com os votos de apenas três dos doze opositores – Gilberto Neves Cruz, “Capitão Neves” (PV); Antônio Carlos Meireles da Silva, “Meireles” (PV) e Eduardo Edamitsu (PSD); mas pode também somar os votos de Ninha e do pastor Rudynei.

Na relação ainda aparecem nomes como o de Amauri Mortágua e Alexandre Scombatti, ambos do PR e Tiago Matias (PRP). Neste caso, apesar de contar com minoria o Executivo pode disparar o gatilho para eleger o próximo presidente do Legislativo a partir de uma junção de esforços envolvendo, Amauri, Rudynei e reflexos ocultos na sombra.

REFLEXOS OCULTOS

Gussi, Ricardo e Alguz
Gussi, Ricardo e Alguz

São vários os reflexos ocultos envolvendo a disputa da presidência da Câmara e cada lado tem seu interesse próprio, mas que neste momento precisa comungar com outros. Inclusive as próximas eleições refletem no pleito local. O próximo presidente da Câmara pode por exemplo dar maior visibilidade para seu candidato a deputado estadual, federal etc.

O Executivo alia a tudo isso, apoio irrestrito aos deputados “verdes” Evandro Gussi (federal) e Reinaldo Alguz (estadual), mesmo sigla de Ricardo Raymundo, e Caio Aoqui que sempre contou com apoio do deputado federal Walter Hioshi (PSD).

RENAN

Renan, Caio, Marcio França e vice-prefeito Thiago Santos
Renan, Caio, Marcio França e vice-prefeito Thiago Santos

Renan Pontelli recebeu apoio explícito do vice-governador Marcio França e de seu filho deputado estadual Caio França (PSB). Aliás, Márcio França deve assumir o governo do Estado com o possível afastamento de Geraldo Alckmin (PSDB) para disputar a presidência da República. Comenta-se até que poderá eventualmente deixar o partido dos tucanos e ir para o PSB. Já Caio França também poderá ter maior visibilidade em Tupã quando disputar a reeleição para deputado.

AMAURI

Motta, Madalena e Amauri
Motta, Madalena e Amauri

Amauri que já é garoto propaganda das ações da Federação dos Comerciários no Legislativo tem agora como aliado Alexandre Scombatti. Os dois possuem interesses nas candidaturas de Luiz Carlos Motta (PTB), suplente de deputado federal e do deputado estadual Ricardo Madalena (PR), respectivamente. Foi de autoria do vereador Amauri Mortágua uma moção de apoio ao trabalho do deputado estadual Ricardo Madalena e do 1º suplente de deputado federal Luiz Carlos Motta em abril do ano passado.

RUDYNEI

Ribeirão e Mussi
Ribeirão e Mussi

Já o terceiro na disputa pela cadeira da presidência o Pastor Rudynei poderá ser influenciado pelos interesses de seu líder local, “Ribeirão”. O deputado federal Guilherme Mussi Ferreira (PP) conduziu Ribeirão à liderança regional do partido e o colocou na propaganda estadual da sigla, entretanto, a visibilidade não deu resultado para as pretensões de reeleição do parlamentar.

Além de Mussi, Ribeirão atira para outras bandas. Orlando Morando Júnior (PSDB) foi enaltecido ontem (4) durante entrevista ao Programa Rotativa no Ar da Rádio Tupã. Portanto, são muitos os interesses que envolvem a disputa da presidência da Câmara. Por ter sido o mais votado nas eleições de outubro, o Pastor Eliezer de Carvalho vai presidir a sessão de posse e conduzir a eleição da futura e já disputada presidência do Legislativo.

OUTRAS COLIGAÇÕES

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Na coligação PSDB, PSB, PEN, DEM, PCdoB, PRP, PRB e PPS; e PR e SD foram eleitos dez vereadores. O PSDB terá a representação de dois vereadores: Pastor Eliezer de Carvalho e Telma Tulim. O PR, dois: Amauri Mortágua e Alexandre Scombatti. O PMDB terá o vereador Augusto Fresneda Torres, “Ninha”; o PPS, Paulo Henrique Andrade; o PRP, Tiago Matias; o DEM, Valter Moreno Panhossi; e o PP, Pastor Rudynei Monteiro.

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