Prefeitura diz que a medida é por economia e vai ser feito o replantio com mudas.
A leitora I.L. enviou através do Formulário de Contato – Blog Jota Neves a seguinte mensagem: “Oi, sei de seu trabalho sério como repórter e gostaria que você publicasse essa matéria sobre corte de árvores na Vila Inglesa em Tupã-SP. É uma pena, o que estão fazendo com as poucas árvores que ainda restam no local”.
Se demonstrando indignada, a leitora enviou também três fotos que confirmam a derrubada de uma plantação de eucalipto, situada entre a linha férrea e a Vila Inglesa.
Sobre o assunto a reportagem verificou que o corte de eucaliptos é permitido, não havendo a necessidade de uma autorização para tal. O eucalipto foi uma vegetação introduzida no país, portanto, não faz parte da mata nativa brasileira.
O corte desse tipo de vegetação é permitido em uma Área de Preservação Ambiental (APA). Caso fosse uma Área de Preservação Permanente (APP), ai sim, seria necessário solicitar uma autorização para o desmatamento.
O DESMATAMENTO
O secretário de Meio Ambiente de Tupã, Renan Pontelli, explicou que a área pertence à prefeitura e o eucalipto está sendo cortado por medida de economia. A madeira vai ser utilizada para reconstruir 14 pontes na zona Rural que ruíram com as fortes chuvas dos dias 2 e 6 de abril.
O engenheiro florestal da pasta, Bruno Sanches Berti, revelou que a prefeitura fará o replantio da mesma espécie no local, através de mudas cultivadas no Viveiro Municipal. “Para cada pé de eucalipto extraído da área, serão plantadas duas espécies nativas da flora da região e outras duas da mesma que foi retirada, portanto, serão cerca de 200 novas mudas”, ratificou Berti.
Com a extração das 48 árvores será possíveis obter 48 metros cúbicos de madeira serrada e proporcionará uma economia de R$ 48 mil para os cofres públicos. A madeira vai ser suficiente para o conserto de pelo menos três (3) pontes: São Gonçalo, Granada e Córrego do Modelli.
As árvores que estão sendo cortadas na Vila Inglesa tinham cerca de 35 anos. “Algumas estariam ocadas por causa da ação de cupins e corre risco de queda em caso de vendaval”, segundo o engenheiro florestal Berti.