O paciente que apresenta deficiência mental não tem noção do que fez. A mãe questiona a falta de cuidado do hospital e, depois do fato ocorrido, não deu nenhuma satisfação sobre o incidente.
A denúncia foi feita pela dona de casa, Marina Santiago dos Santos, mãe do paciente Rodrigo dos Santos, 33 anos, internado no Instituto de Psiquiatria de Tupã (IPT) desde 21 de outubro de 2012. A internação foi ratificada no dia 31 de dezembro, por determinação judicial.
Ela conta que na segunda-feira (10) recebeu uma ligação do hospital informando o fato. O paciente foi levado para a Santa Casa e através de exames ficou constado que o prego (grande e torto) entre outros objetos apareciam no intestino do filho.
O que deixou Marina dos Santos indignada foi o fato de ter ficado uma semana na Santa Casa ao lado do filho e ninguém do IPT apareceu no local para dar uma explicação sobre o ocorrido. De acordo também com a dona de casa, os médicos entenderam que não haveria necessidade de fazer cirurgia para retirar os objetos.
Rodrigo dos Santos já deixou a Santa Casa e voltou para o IPT. A direção do hospital psiquiátrico confirmou todos os fatos. Teria sido o próprio paciente que teria revelado como engolido o prego. Mas a unidade não admite que tivesse havido descuido ou que os objetos seriam restos dos escombros do incêndio ocorrido em fevereiro.
O PACIENTE
Rodrigo dos Santos é morador da Rua Frei Clemente Grassi, 166, Jardim Bela Vista, Bastos. Segundo a mãe dele, Marina dos Santos, o rapaz tinha comportamento normal até os 17 anos de idade. A partir dessa idade, o filho dela passou a apresentar sintomas de deficiência mental. O quadro clínico foi piorando e a partir de então ele tem sido constantemente internado em hospitais psiquiátricos de Adamantina, Clínica de Repouso Dom Bosco e IPT, ambos de Tupã.
