Tupãense vítima de trote na FAI pode ficar cego

O estudante foi agredido com tinta e um liquido com cheiro de querosene. A outra vítima que deu queixa na Policia é uma adolescente de 17 anos. 

Estudante olho

O estudante tupãense do curso de engenharia ambiental da FAI (Adamantina) também foi vítima de trote violento na noite de segunda-feira (2), no início das aulas na faculdade. C.E.C.I, 18 anos, foi diagnosticado com queimadura em uma das córneas e pode perder a visão, segundo a tia da vítima K.C.C. O diagnóstico foi feito nesta manhã de quarta-feira (4).

Apesar de agredido o estudante permaneceu na aula e no retorno a Tupã, na madrugada desta terça-feira (3) percebeu que o problema era sério e pela manhã buscou os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Revoltada com o fato, a família manteve contato com a faculdade e aguarda um posicionamento da entidade.

A família do estudante disse que ainda não foi definido as providências que serão tomadas porque corre contra o tempo para evitar que o jovem perca a visão, mas é certo que a Policia será comunicada e uma possível ação deverá ser impetrada na Justiça. De acordo com K.C., tudo aconteceu na noite de segunda-feira.

Na chegada do ônibus que transportava os estudantes de Tupã, um grupo de “veteranos” se aproximou deles e exigiu que ficassem sentados e teve início a sessão de agressão. Eles foram atingidos por uma tinta azul e um produto liquido com cheiro de querosene. Apesar de humilhados na porta da faculdade, entraram na aula e só depois perceberam que a ação poderia ter consequências graves. A família não soube informar se o estudante continuará no curso.

OUTRO CASO

Adolescente é queimada durante trote em frente a FAI em Adamantina

Fonte: g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao (Stephanie Fonseca / Do G1 Presidente Prudente)

Foto: Sueli Aparecida Dias/Arquivo Pessoal
Foto: Sueli Aparecida Dias/Arquivo Pessoal

Uma jovem de 17 anos sofreu queimaduras de terceiro grau nas pernas e no umbigo após ser atingida por um produto químico que foi jogado por alguns rapazes durante um trote de faculdade, em Adamantina, na região oeste de São Paulo. O caso, registrado na Polícia Civil como lesão corporal, foi na noite desta segunda-feira (2) e será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher.

A tia da vítima, Sueli Aparecida Dias, relatou que aproximadamente às 19h30 a sobrinha estava em frente às Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI) com as amigas para participar da primeira aula do curso de pedagogia, curso no qual ingressou. Neste momento, alguns rapazes passaram jogando tinta e o líquido que causou as queimaduras na adolescente.

“Ela não conseguiu ver quem foi, pois havia muito tumulto na porta da faculdade”, disse a tia da jovem.

Ao ser atendida na Santa Casa do município, a jovem foi informada que, possivelmente, o produto jogado era creolina misturada com algum tipo de ácido. Segundo a tia, a garota de 17 anos apresentou nesta terça-feira (3) quadro de febre e queda de pressão.

A adolescente é de Flórida Paulista e ingressou no curso de pedagogia da FAI. “Agora ela está assustada e pensando em desistir da faculdade”, contou Dias. “Vamos esperar passar o carnaval e ver o que faremos”, disse.

A ocorrência foi registrada no plantão policial e encaminhada para a Delegacia da Mulher. A delegada Patrícia Tranche Vasques afirmou ao G1 que as investigações já começaram e que a vítima deve realizar um exame de corpo de delito nesta quarta-feira (4). A ficha clínica da adolescente também será solicitada.

Conforme a delegada, a polícia ainda deve apurar quem são os autores do fato e qual foi o produto jogado contra a vítima. “Com base nos laudos e relatórios será instaurado um inquérito para o caso”, disse Vasques.

Faculdade

Em nota, a FAI informou que lamenta o episódio do trote violento e acrescentou que o fato ocorreu fora das dependências da instituição e presta total solidariedade a eles.

“A direção também torna público que, para o início do semestre, a instituição reforçou a segurança interna em seus câmpus com a contratação de equipes especializadas para coibir trotes violentos ou vexatórios”, informa a nota.

Caso seja constatado que os responsáveis pelo ato violento são alunos veteranos, a FAI declarou que “tomará as medidas administrativas cabíveis, de acordo com o seu regimento interno, que podem culminar na expulsão desses indivíduos de seu quadro de discentes”.

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