Tupã Folia 13/14: o assédio e o silêncio na “boca do caixa”

Após 50 dias da denúncia, o assédio sobre o tema é grande. A palavra assédio – que já foi uma definição de operação militar, hoje tem outros tipos de assédio na mídia, como o assédio moral, sexual, processual, psicológico etc.

Ribeirão, Gustavo e Thiago - como integrantes da Comissão definindo o Tupã Folia
Ribeirão, Gustavo e Thiago – em 2012, mesmo antes da posse atuando como integrantes da Comissão – definindo o Tupã Folia, segundo a Assessoria. Os mega eventos tiveram operação na “boca do caixa”. O encontro foi em um dos postos da Rede Vanuíre – Rua Marília

O blog sofre um assédio processual por aqueles que reclamam da judicialização da política local. O vereador Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP), como estrategista da festa profana defendeu o Tupã Folia 2013 e 2014, por interesses óbvios: foram os maiores “investimentos” financeiros comandados pela Secretaria de Turismo, que faz parte de sua cota no Governo. Por isso, exerceu um poder deferido com o consentimento do Executivo.

O prefeito Manoel Gaspar (PMDB), foi viajar para o exterior tratar de negócios particulares. Voltou na semana passada e a agenda continua a mesma: negativa. Na pauta do dia o mesmo assunto da partida – crise – nepotismo, saque na “boca do caixa” I e II e a falta de consideração com a população passados 50 dias do fato.

Atendendo pedido do prefeito Manoel Gaspar, Ribeirão foi à tribuna da Câmara na sessão ordinária desta segunda-feira (28) cobrar do vereador Luis Alves de Souza (PC do B), “que deveria ter comentado sobre a absolvição de nepotismo contra Gaspar e sua filha Elisa Gaspar”. Mas, Gaspar e o parlamentar também não tiveram até agora hombridade de reconhecer no mínimo o eventual erro técnico na forma de “pagamento” dos artistas através dos saques na “boca do caixa”.

Como antecipamos, já no Tupã Folia de 2015, o parlamentar não teve interesse em participar da organização do evento e foi viajar. A verba também foi de apenas 1/5 dos outros festejos, mas mesmo assim voltou para insistir na defesa do saque na “boca do caixa”. “Foi uma decisão da Comissão Organizadora e o Gustavo Gaspar era integrante dela”. Comissão presidida pela sua nomeada Márcia Félix. Após voltar de uma licença médica de 30 dias, Márcia também não comentou o assunto.

ESCOLTA

A mala com mais de R$ 254 mil que saiu da agência da Caixa Econômica Federal, em plena sexta-feira de carnaval, carregada possivelmente pelo empresário Gustavo Gaspar teve uma escolta. O assunto foi comentado logo após a denúncia. Gaspar reuniu os vereadores – Ribeirão, o líder na Câmara, pastor Rudynei Monteiro (sem partido) e Luis Carlos Sanches (PTB) para defenderem o saque.

Os parlamentares acharam a ideia interessante e, inclusive, pretendiam citar como referência a escolta que foi realizada, e que poderia dar credibilidade à tese defendida pela administração, mas houve um recuo. O recuo derrubou o álibi. A escolta também foi irregular. Foi um assédio ao redor ou em frente ao Circuito Carnavalesco, estabelecendo um cerco.  Cerco que pode ser rompido com a ação da Procuradoria Geral do Estado e de outros órgãos que trabalham para manter o ordenamento jurídico.

A propósito, o vereador Luis Alves esteve no último dia 22, na Assessoria Jurídica de Crimes de Prefeitos atendendo convocação da Procuradoria Geral de Justiça para dar detalhes sobre os saques na “boca do caixa”.

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