Gaspar lamenta o valor do repasse e secretária de Saúde desconhece a fonte da notícia e desmente o fato.
O anúncio do Governo Federal sobre corte de repasses para a Saúde gerou especulações em Tupã sobre o fechamento da Farmácia Popular e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O próprio prefeito Manoel Gaspar comentou na quinta-feira (8), ao anunciar o corte de despesas e o fechamento da prefeitura às 13 horas, de que vem gastando R$ 600 mil com a Unidade de Pronto Atendimento e recebe apenas R$ 100 mil do Governo Federal. Click e ouça: GASPAR UPA
Sobre esse assunto, a reportagem entrevistou a secretária de Saúde, Rosângela Urel Gaspar, que demonstrou desconhecer a origem dos boatos, bem como, se de fato o Governo Federal vai mesmo cortar recursos do setor. Click e ouça: ROSANGELA UPA
De acordo com o portal extra.globo.com de fato os recursos do governo federal para o setor terminaram em setembro. Com isso, os cortes nos repasses vão mesmo acontecer.
A fonte secou e, em 2016, não haverá dinheiro suficiente para manter importantes serviços gratuitos de saúde no país: o programa Farmácia Popular e os procedimentos de alta e média complexidades. O Ministério da Saúde vai acabar, já no início de 2016, com o “Aqui tem Farmácia Popular” — uma parceria com grandes redes de drogarias, que oferece descontos de até 90% em remédios. Além disso, avisou que, no último trimestre do ano que vem, não terá mais dinheiro para fazer repasses a estados e municípios.Na prática, a União terá verbas para repassar às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) somente até setembro. O corte de R$ 3,8 bilhões afetará ainda cirurgias eletivas, internações, hemodiálises — em centros médicos conveniados ao Serviço Único de Saúde (SUS), hospitais universitários e unidades da Santa Casa.
No caso do Farmácia Popular, apenas as 460 unidades próprias do governo, que distribuem remédios de graça, serão mantidas. Neste caso, o corte será de R$578 milhões. O programa foi criado em 2006 para a compra de remédios contra colesterol, Parkinson, diabetes, glaucoma e osteoporose, além de anticoncepcional.
O corte do governo federal se materializou na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Nacional. Mas o Executivo aposta em emendas parlamentares para tentar recompor, em parte, o rombo na Saúde. A ideia é pretende pressionar os parlamentares a aprovar a medida que destinaria ao setor recursos oriundos do DPVAT (reservados para pagar indenizações em casos de acidentes de trânsito).
Por enquanto, foram preservados os gastos com a compra de vacinas e medicamentos. Até 2015, o total destinado à Saúde era equivalente ao que foi desembolsado no ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), isto é, R$ 103,7 bilhões. Agora, o governo terá de reservar 13,5% das receitas correntes líquidas, ou seja, R$ 100,2 bilhões.
Fonte: extra.globo.com