O objetivo é contar com os votos deles para aprovar os projetos de cargos e a venda de área comprada para instalar usina.
Os projetos podem ser colocados em votação na sessão ordinária da próxima segunda-feira (23), mas antes precisam receber votos favoráveis das Comissões que os analisam. Em seguida, há necessidade do pedido de urgência para que os mesmos sejam colocados em pauta.
Além disso, o prefeito Manoel Gaspar (PMDB) precisa de 10 votos favoráveis para aprová-los e só conta com oito.
Há alguns dias, o chefe do executivo e o vereador Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão” tentam aliciar José Maria de Oliveira, “Zé Maria” (PROS) e Valdir de Oliveira Mendes, “Valdir Bagaço” (PSD), para deixarem o Grupo dos sete vereadores de oposição (G-7) ao menos para aprovação destes projetos: um que amplia na estrutura da prefeitura vagas para mais 95 cargos em comissão com salários de até R$ 3 mil e o que pretende colocar à venda os 15 alqueires de área adquirida na administração de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), destinada a pseuda instalação de uma unidade da usina Clealco.
A reportagem procurou os dois vereadores de oposição: “Bagaço” e “Zé Maria”. Valdir Bagaço disse que existe sim essa possibilidade de votação favorável. No caso da área de 15 alqueires “se o prefeito assumir compromisso de aplicar o recurso em obras que estão paradas como no Museu Tropeiro e Country Clube ou para pagar fornecedores”, disse ele.
Sobre o projeto de criar cargos em comissão, Valdir Bagaço disse que “da vez anterior em que o projeto esteve na Câmara existia a intenção da oposição em aprová-lo caso fosse reduzido o número de contratados e a administração fez essa redução”, justificou.
GABINETE Já o vereador Zé Maria foi procurado e não foi localizado. A assessoria do parlamentar disse que também o procurava uma vez que o secretário de Governo, Geraldo Magela também queria falar com ele. O assunto não foi comentado, mas tudo indica que exista relação com a tentativa de conquistar o voto do parlamentar.
Zé Maria vem desde 2013 tentando instalar em Marília uma Casa de Apoio aos pacientes de Tupã, que buscam tratamento naquela cidade e, até hoje foi enrolado pelo prefeito e o vereador Ribeirão. Ribeirão havia retomado o assunto às vésperas das eleições da Câmara no final de 2014, quando ele e o prefeito foram derrotados com a criação do G-9 e a eleição de Valter Moreno Panhossi (DEN). Agora, tentam outra vez usar o requerimento do vereador mais votado em Tupã nas eleições de 2012 (1500 votos), como moeda de troca para aprovar os cargos em comissão que tanto lhes interessam.
Dois outros vereadores que faziam parte daquele grupo voltaram à base do executivo: Pedro Francisco Garcia, “Tupãzinho” (PSB) e Augusto Fresneda Torres, “Ninha” (PSDB).
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