Câmara de Tupã não sentiu pressão e manteve em 15 o número de vereadores para a próxima Legislatura. Faltou apoio popular aos projetos das Lojas Maçônicas, mas o oportunismo salvou a noite.
Típico do povo brasileiro. Reclama, reclama e se ausenta de compromissos de cidadania. Quando vai a uma manifestação é motivado pelo modismo – todo mundo vai eu também vou. Os projetos da União de Lojas Maçônicas de Tupã pecaram exatamente nesse quesito. Faltou apoio popular. As quatro mil assinaturas serviram como muleta para a população deixar por conta dos idealizadores do abaixo assinado a responsabilidade pela pressão ao legislativo.
Mas o povo estava bem representado pelos 15 vereadores, com destaque para a atuação dos oportunistas de sempre: Telma Tulim (PSDB) foi a única parlamentar a votar a favor do Projeto de Emenda à Lei Orgânica de Tupã, para fixar em 9 o número de vereadores do Poder Legislativo.
Antes, o oportunismo número 1, partiu do vereador Danilo Aguillar Filho (PMDB) que apresentou uma emenda limitando em 13 o número de parlamentares. A emenda foi subscrita por Antônio Alves de Sousa (PP) e pelos maçons – Caio Aoqui (PSDB), José Ricardo Raymundo (PV). A proposta chegou a ser defendida pelo autor da emenda, mas houve protesto e a propositura foi arquivada.
Havia um outro projeto de iniciativa popular, liderado pelas Lojas Maçônicas, fixando em R$ 1.320,00 o subsídio dos parlamentares, mas recebeu parecer contrário das Comissões Permanentes da Câmara e foi arquivado. Assim, também ficou mantido o subsídio de R$ 5.010,00, mas os parlamentares pretendem aumenta-lo para cerca de R$ 7 mil, para a próxima Legislatura a partir de 1º de janeiro de 2017.