Codornas: um prefeito no “ninho”

As aves abatidas clandestinamente eram comercializadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Ele também é acusado de usar veículo oficial a serviço da ilegalidade.

Prefeito de Iacri negou envolvimento com abatedouro (Foto: Arquivo/Reprodução/TV TEM)
Prefeito de Iacri negou envolvimento com
abatedouro (Foto: Arquivo/Reprodução/TV TEM)

Hauy

Ganhou repercussão nacional o flagrante feito pela Polícia Civil numa propriedade que seria do prefeito de Iacri, Claudio Andreassa (PV). O prefeito só não foi detido pelos policiais civis que estavam a caminho de sua propriedade pelo fato de ser acusado de crime comum. Andreassa cruzou com as viaturas da corporação quando saia do sítio localizado no Bairro Jurema.

Segundo testemunhas, o prefeito possivelmente dirigia uma camionete Strada pertencente à área da Saúde. Segundo as informações era com esse veículo que ele transportava trabalhadores flagrados no abate clandestino e as próprias aves que eram abatidas no local. À imprensa, a polícia divulgou que o chefe do executivo possivelmente teria fugido ao perceber a ação.

Durante toda esta quarta-feira (6), a assessoria do prefeito passou horas desmentido o envolvimento de Andreassa com os crimes contra a economia popular, saúde pública, entre outras tipificações que podem enquadrá-lo nesta situação.

O delegado Seccional, Luiz Antônio Hauy foi categórico: “todos os trabalhadores flagrados no local teriam confessado que o prefeito era o proprietário do abate clandestino e de que estavam trabalhando para ele”.

Em entrevista à TV Tem o delegado confirmou que se condenado, o prefeito pode responder por crime contra relação de consumo, infração de medida sanitária preventiva e por praticar ato de abuso a animais. “Como envolve prefeito municipal, o Tribunal de Justiça decidirá pela instauração ou não do inquérito”, diz.

Ainda segundo a polícia, foram apreendidas 262 codornas abatidas recentemente, 1,2 mil codornas vivas e mais de 3,4 mil codornas embaladas e congeladas para a venda. As aves abatidas foram descartadas porque foram consideradas impróprias para consumo humano. As pessoas que estavam no local foram levadas à delegacia e ouvidas.

Abate fica na bairro Jurema, na zona rural de Iacri (Foto: Diego Pereira/Mais Tupã/Divulgação)
Abate fica na bairro Jurema, na zona rural de Iacri (Foto: Diego Pereira/Mais Tupã/Divulgação)

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