Vereadores barram investigação sobre corrupção em Marília

Vereadores em sessão ordinária (Foto: João Paulo Santos)
Vereadores em sessão ordinária (Foto: João Paulo Santos)

O famoso 10 x 3 ocorreu mais uma vez na Câmara Municipal de Marília. Desta vez um pedido para investigar denúncias de corrupção foi negado pela maioria dos vereadores.

O pedido de Comissão Processante pretendia apurar as denúncias de direcionamento na licitação do transporte público finalizada em 2011, para que as empresas Grande Marília (grupo Constantino) e Viação Sorriso (grupo Gulin) vencessem a disputa.

Os vereadores da base aliada, Bassiga Goda, José Expedito Capacete, José Menezes, Luiz Eduardo Nardi, Marcos Custódio, Marcos Rezende, Samuel da Farmácia, Silvio Harada, Herval Rosa Seabra e Sônia Tonin, impediram a investigação alegando que o fato não é competência da Câmara.

A suspeita de fraude na licitação foi denunciada em rede nacional pelo telejornal Bom Dia Brasil (Globo) na manhã do último dia 4 de agosto.

O pedido da CP dos Ônibus foi assinado pelo jornalista José Ursílio, membro do PMDB, partido de oposição ao governo municipal.

Apenas os vereadores Wilson Damasceno, Cícero do Ceasa e Mario Coraíni votaram a favor da investigação.

A denúncia mostra documentos provando vício na elaboração do edital (governo de Mário Bulgareli), através da interferência do advogado Sacha Reck, um dos sócios da empresa Logitrans, de Curitiba-PR, preso em junho último por envolvimento em fraudes desse tipo em 19 cidades brasileiras, inclusive aqui em Marília.

“O documento é acompanhado das evidências da fraude, ignoradas em maio de 2013 pelo atual prefeito Vinícius Camarinha (PSB), que, por decreto municipal de emergência, contratou as duas empresas para assumirem o serviço prestado até então pela Circular de Marília”, diz nota divulgada pela assessoria de comunicação da Frente Única de Oposição em Marília.

O atual prefeito disse que não tem nada a ver com o caso e a responsabilidade não é dele.

Através de sua assessoria de imprensa, divulgou um comunicado sobre o caso: “A licitação para o serviço de transporte coletivo foi realizada e concluída, em 2011, na gestão do ex-prefeito Mário Bulgarelli. Diante das supostas irregularidades denunciadas pela Rede Globo, a Prefeitura de Marília – por meio da Corregedoria Geral do Município – esclarece que já está tomando as providências e vai abrir uma sindicância para apurar o caso”.

Vale lembrar que os mesmos vereadores já impediram também uma fiscalização mais detalhada no IPREMM (Instituto de Previdência do Município de Marília) e rejeitaram a diminuição de seus próprios salários.

Fonte: Marília Notícia

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