Renovação: depois de 20 anos, Tupã assiste virada histórica

Levados por Ribeirão, Fuin, Donadelli e Lucilia foram os maiores derrotados. Gaspar e o vereador, não tinham nada a perder.

Renovação Fuin

Lucilia e CesarO desfecho da derrocada de três grupos políticos foi numa virada espetacular da dupla Ricardo Raymundo (PV) e Caio Aoqui (PSD). Alia-se a isso o desejo que ressurgiu outra vez nos eleitores tupãenses de provocar alteração na disputa pelo Paço Municipal. Isso ocorre por ironia do destino após 20 anos da vitória de Manoel Gaspar (PMDB) em 1996, eleito à época como RENOVAÇÃO.

Gaspar tornou-se o divisor de águas entre a renovação do passado e do presente. Talvez, no momento seja um alento. Envelhecido no jeito de fazer política, Gaspar aliou-se ao vereador Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) e decretou sua própria sentença de “morte” na política. Desdenhado como prefeito perdeu o reconhecimento do legado de empreendedor que havia deixado após dois mandatos.

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Eleito para um terceiro mandato, terceirizou a administração para Ribeirão, se envolveu em escândalos e sequer conseguiu viabilizar sua renúncia em duas ocasiões. As poucas conquistas que conseguiu permitiu que o Ribeirão dissesse que foi ele o responsável pelo feito. Já os erros e fracassos foram assinados por Gaspar. Ribeirão ficou apenas com o bônus temporário.

Foi assim que a dupla perdeu a eleição da Mesa Diretora do LEGISLATIVO e o próprio poder EXECUTIVO.

 

CONCHAVOS

DIVIDE CADEIRA

Com fama de articulador, o nefasto parlamentar comandou 80% da administração de Gaspar, nomeou dezenas de funcionários em cargos de comissão, nomeou e trocou de Secretaria a própria filha do prefeito – Maria Elisa a quem chamava de “coitadinha” e se agarrou em Gustavo Gaspar (PMDB) para influenciar nas decisões que lhe favoreciam.

O próprio Gaspar admitiu em entrevista à Rádio Tupã: “Eu ia juntar as Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo, mas fui convencido pelo meu filho a não fazer isso, uma vez que Tupã é Estância Turística e não poderia suprimir a pasta”, declarou. Coincidentemente as duas pastas foram para a cota política de Ribeirão.

Carlão e Julia

Mas, Ribeirão não se dava por vencido e às vésperas das eleições iniciou um agrupamento de pessoas sob o pretexto de uma suposta união por Tupã -, com ele junto. Cooptou Carlos Messas, Julia Messas, Cesar e Lucilia Donadelli (vítimas de eleições anteriores). O objetivo era impedir uma eventual vitória de Waldemir nestas eleições.

Nesse interim, Ribeirão já não sofria com a DERROTA na escolha do presidente da Câmara. “Pensador grande”, já tramava um retorno triunfal. Entretanto, não contava com a percepção de novos parlamentares que ele costumava menosprezar e batia no peito alegando “que era barato para o Legislativo e que o povo o queria no poder”, afinal exercia seu sexto mandato consecutivo.

Cesar e Lucilia perceberam logo que caíram em outra enrascada, porém, se submeteram aos caprichos de Ribeirão e o casal gravou apoio ao Fuin. Ora, a Lucilia não conseguiu voto nem para ela própria, como iria convencer alguém a votar em um candidato “natimorto”.

Fuin, chegou rotulado
Fuin, chegou rotulado e carregou a rejeição de Gaspar e Ribeirão

A morte política de Fuin foi decretada assim que assinou a ficha do PMDB. Indicado por Ribeirão, Gaspar o convidou para ser o candidato da situação como um factoide que iria segundo eles “mudar o destino político de Tupã”. Imaginavam que um criminalista iria trazer a concepção de probidade e justiça social que eles próprios negaram à sociedade num verdadeiro estelionato nas eleições de 2012. E o pior, subestimaram a inteligência do eleitor alegando que ali estava personificada a RENOVAÇÃO.

O que se viu a seguir foram blefes de apoios inexistentes e coletivas insignificantes na tentativa em vão de promover o candidato e de “vender” um produto inacabado.FUTURO NAS URNAS

Ricardo carreata

Alheio a supostas pesquisas eleitorais da campanha de Waldemir e ao fértil imaginário lunático da campanha de Fuin, na reta final foi visível o crescimento da dupla Ricardo e Caio. Era quase perceptível que Fuin só ficaria à frente do candidato Borracha – Gilberto Marques (PSOL) que obteve 462 votos – metade da votação de Bernardo Ladho no pleito de 2008.

Por outro lado não era lógico uma virada na reta final da campanha a ponto de Ricardo e Caio abrirem massacrantes mais de 6 mil votos de Fuin e ultrapassar o favorito Waldemir Gonçalves Lopes em 638 votos. Foi o desejo contido do eleitor tupãense que mais uma vez clamava por RENOVAÇÃO.

Num resumo PROFÉTICO do blog, José Polon Morelato – vice de Waldemir nestas eleições caminha para ser o “Cesar” – ex-vice do ex-prefeito. Ele já era para ter sido vice de Gaspar em 2012 e desistiu a tempo. Já Waldemir segue sua trajetória de criatura e pagará muito pelas irregularidades administrativas praticadas nos seus dois mandatos. Mesmo se vencesse o pleito poderia não levar. O TSE – Tribunal Superior Eleitoral só iria confirmar ou não os seus votos em novembro.

Waldemir acredita na impunidade
Waldemir na mira da punição

Já o criador Gaspar bateu a criatura que não viabilizou seu terceiro mandato, mas não tem o que comemorar. Os escândalos de corrupção de seu mandato se equiparou ao de Waldemir e, assim como ele vai devolver muito dinheiro aos cofres públicos. Ribeirão só tinha a perder o poder. Deve articular para assumir a cadeira no parlamento no lugar do vereador pastor Rudynei Monteiro (PP).

Rudynei Vitória

Rudynei seguiu Ribeirão, se filiou no mesmo partido, foi líder de Gaspar e por pouco também não perdeu a cadeira. Só faltava Ribeirão exigir-lhe um afastamento para garantir o seu sétimo mandato seguido.   Ribeirão no PP    

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