A decisão ocorre por receio da interferência de Ribeirão sobre o pastor Rudynei Monteiro (PP).
Mesmo sem conseguir sua reeleição, o presidente do PP, Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão”, segue fazendo sombra ao Legislativo e sobre o futuro Executivo. Por isso, as negociações entre Ricardo Raymundo (PV), Caio Aoqui (PSD) e os vereadores reeleitos e eleitos seguiram a estratégia convencional: minar qualquer possibilidade de Ribeirão dar as cartas sobre a Mesa Diretora da Câmara e articular sobre os próximos mandatários da prefeitura.
O receio está numa eleição de Rudynei à presidência da Câmara. Ele poderia ser um “braço” de Ribeirão. Ainda há também aqueles que suspeitam de que Ribeirão vai articular para assumir a cadeira de suplente. Portanto, o pastor agora sofre mais essa pressão após sua aproximação ao polêmico vereador.
Para alguns interlocutores de Rudynei, a cadeira de presidente lhe “blindaria” de supostos assédios de Ribeirão. Já o futuro prefeito e seu vice não querem correr nenhum risco com Rudynei comandando a casa e com uma composição da Mesa favorável às influências riberianas – mesmo descartando um possível retorno do parlamentar.
Sendo assim, daqueles que tinham pretensão de disputar a presidência da Câmara, Rudynei poderia ser eleito com apenas 6 votos. Um racha poderia beneficiar o partido comandado por Ribeirão. Com os esforços concentrados entre reeleitos e eleitos a decisão hoje é de reconduzir Valter Moreno Panhossi (DEM) à presidência em 1º de janeiro de 2017.
Amauri Mortágua (PR), Valter Moreno, José Ricardo Raymundo e Caio Aoqui participaram da retomada histórica do poder da Câmara de Tupã que era comandado por Ribeirão há muitos anos. Moreno chegou à presidência da Casa sob esse argumento e, outra vez, deverá seguir comandando o Legislativo graças a nefasta sombra que segue rodeando a Praça dos Dois Poderes.