São três os empenhos que devem ser pagos até o dia 30 de dezembro. Cada revista custou ao tupãense cerca de R$ 8,00.
Trinta mil exemplares de uma revista colorida com 36 páginas sob o título Governo de Tupã “Prestação de Contas 2013/2016”. Pela criação e diagramação a Única Propaganda – empresa contratada pela prefeitura para fazer a divulgação de atos institucionais deverá receber cerca de R$ 230 mil.
É o que revela o contrato 173/2016 de 12/12/2016 com valores de R$ 17.037,41; R$ 137.979,23 e outro de R$ 74.435,00). Os empenhos foram feitos para pagamento no dia 16 de dezembro, mas possivelmente serão quitados até o dia 30.
Como o blog havia revelado em matéria publicada no dia 1º de dezembro de que milhares de outras revistas confeccionadas teriam sido incineradas pela aparição de uma foto do ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), não é possível saber se os referidos empenhos pagam estes 30 mil exemplares ou se nestes valores existiriam um eventual pagamento sobre a tiragem que não foi publicada.
Leia também: MP fiscaliza lançamento de revista da administração Gaspar
Os valores totalizam exatamente R$ 229.451,64. Considerando que o montante dos três empenhos deverá ser utilizado apenas para o pagamento das 30 mil revistas que estão sendo entregues nas casas e estabelecimentos comerciais nesta segunda-feira (26), é possível afirmar que cada uma custou o equivalente a R$ 7,64 ao bolso do contribuinte tupãense.
Agora, se de fato outra quantidade desta revista foi impressa possivelmente entre 2013 e 2014 e incinerada a conta pode ficar mais cara para o contribuinte. Levando em consideração o custo da publicação de dezembro de 2016, não seria leviano afirmar que entre a confecção da revista que não foi divulgada e está, a prefeitura pode ter desembolsado mais de R$ 400 mil, em suposta prestação de contas através deste tipo de material.
Meio milhão de reais é metade do valor necessário para construir uma creche para atender cerca de 130 crianças. Para um município em crise financeira aguda, o gasto exorbitante apenas com esse tipo de publicidade ainda que seja legal, pode também ser considerado imoral.
INVESTIGAÇÃO
A única possibilidade de eventualmente descobrir a possível incineração de milhares de revistas entre o final de 2013 e o começo de 2014 é realizando um “pente fino” em documentos de empenhos em nomes de empresas de publicidade de Presidente Prudente ou do Paraná e ou de gráficas de Presidente Prudente. Alguém pagou pelo mal feito. A Única Propaganda é do Estado do Paraná.
