Gaspar optou por pagar quase 670% a mais pela impressão de 30 mil exemplares para “prestar contas” à população tupãense.
Assim que o blog divulgou matéria informando de que o ex-prefeito de Tupã, Manoel Gaspar (PMDB) havia publicado 30 mil exemplares de uma revista ao custo possivelmente de R$ 230 mil – cada uma cerca de R$ 8,00, houve muito protesto nas redes sociais. Teve até internauta sugerindo que o material fosse usado para tampar os buracos das vias públicas.
Além disso, um publicitário de uma das mais respeitadas agências de Tupã e região, comentou uma das postagens de que havia orçado à prefeitura a confecção da revista e sua impressão por apenas R$ 30 mil. Ou seja, cada uma custaria R$ 1,00 e não R$ 7,66 conforme sugere três empenhos feitos pela prefeitura em favor da agência Única Propaganda do Estado do Paraná.
A empresa também foi contemplada só em dezembro com outros sete empenhos que ultrapassam a casa de MEIO MILHÃO DE REAIS. Todos deveriam ser quitados em dezembro – até o dia 30 com recurso repatriado pela Operação Lava Jato e dividido entre os municípios. Tupã recebeu cerca de R$ 1,4 milhão.
Acontece que o dinheiro só foi depositado na conta da prefeitura na segunda-feira (2). Gaspar até desentendeu-se com o seu sucessor Ricardo Raymundo (PV) e sua equipe exigindo que a empresa de publicidade fosse contemplada com essa verba. Mas, hoje (5), Ricardo e seu vice Caio Aoqui (PSD) reuniram a imprensa para comprovar que a dívida herdada é de R$ 12,5 milhões.
Segundo Ricardo Raymundo, com os R$ 3,3 milhões que sobraram no caixa da prefeitura vai priorizar o pagamento dos funcionários públicos e alguns fornecedores respeitando a ordem cronológica.
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