Jeane Rosin será substituída interinamente pelo cansado secretário Cláudio Zopolato. Segundo a administração ele também foi substituído pelo assessor do deputado federal Evandro Gussi por causa do ritmo estafante das duas pastas que ocupava. Agora, são cinco.
Primeiro quero dizer que possivelmente foi baseado num projeto pessoal que a arquiteta Jeane Aparecida Rombi de Godoy Rosin (PSDB), aceitou o convide do prefeito José Ricardo Raymundo (PV), para assumir a atual Secretaria de Desenvolvimento Urbano. A pasta englobava outras três Secretarias: Planejamento, Obras e Trânsito. Portanto, Jeane Rosin era uma espécie de 3 X 1.
Assim como chegou, Jeane saiu – criticando a imprensa, como se esta fosse responsável pelo fracasso de seu projeto pessoal de “passar a limpo” as irregularidades do ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Aliás, ela já teve esta oportunidade quando sabia das irregularidades e se omitiu. Preferiu manter-se no cargo, receber salários e deixar que seus subordinados fingissem fiscalizar as obras.
Ao sair, Jeane não foi de toda ingrata. Agradeceu o atual prefeito Ricardo Raymundo por acreditar no seu trabalho. Tupã inteira também já acreditou ao permitir-lhe pela segunda vez que agisse com hombridade e transparência – como mote de um conceito do atual governo. Abandonar um projeto público pela segunda vez, não é merecedora de agradecimentos.
Na primeira oportunidade que teve, omitiu-se de suas atribuições, e possivelmente cometeu injustiças desrespeitando as normas e obrigações que o cargo lhe dadivava por um período de 8 anos (2005 a 2012). Nos últimos quatro anos, a doutora em paisagismo permitiu o escárnio de mentiras sobre obras públicas no município de Tupã, objeto de investigação de uma CPE – Comissão Parlamentar Especial e do Ministério Público (MP).
Sinceramente, eu gostaria de agradecer a senhora secretária pelos seus quase relevantes serviços prestados à coletividade tupãense, mas ficaram lá no passado, bem distante – quando acreditei que a arquiteta Jeane Rosin poderia ser para Waldemir, o que a Dilma foi para o Lula. Na verdade, de uma forma ou de outra, o resultado final também não seria bom.
Portanto, quando questionei a nomeação de Jeane Rosin para uma das pastas carro-chefe, como alegoria mais importante do atual governo, não estava equivocado no presente. Como integrante de uma imprensa que de fato demonstra preocupação em informar além do “oficial”, não posso concordar com o tal projeto pessoal da doutora. Caso o seu projeto pessoal não tivesse vingado iria continuar fazendo de conta de que estava comprometida com a administração pública?
Os projetos dão certo quando há comprometimento com a verdade. A verdade é a propriedade de estar de acordo com os fatos. Pelas escusas espúrias de sua função político administrativa, prefiro o título de conhecimento tácito do humilde e nobre trabalhador – transparência nos atos e fatos, como sinônimo de qualidade de homem ou mulher – profissional – ao de formação acadêmica para ser chamado de doutor. Eu gostaria de agradecer a doutora secretária…
A DESPEDIDA
Foi durante o Programa Rotativa no Ar, na Rádio Tupã AM/FM desta quarta-feira (2), em que Jeane Rosin, em tom de despedida e com abatimento de consciência de que cometeu mais uma falta disse: “Queria agradecer a imprensa que foi parceira. Aquela imprensa que está preocupada realmente em informar”.
Acredito que a frase não foi endereçada a nenhum profissional que gostaria de agradecê-la pelo seu remordimento profissional. Parafraseando um internauta que enviou um comentário sobre a secretária, lhe digo: tchau, querida!
CANSADO
Enquanto isso, com a programada saída de Jeane Rosin, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano que engloba serviços de outras quatro pastas – Obras, infraestrutura, Planejamento, e Desenvolvimento Urbano vai ser comandada interinamente pelo cansado secretário de Finanças, Cláudio Zopolato. Está cansado, vai pescar. Isto Zopolato já fez, e segundo opositores, a pescaria foi em terra Argentina.
Quem disse que ele estava cansado foi o próprio governo municipal para justificar a sua substituição das Secretarias de Governo e Administração pelo assessor do deputado federal Evandro Gussi (PV). Moacir Monari assumiu as duas pastas e Zopolato foi para a de Finanças.
Como alguém cansado em comandar por apenas cinco meses duas Secretarias, vai conseguir dar conta de cinco – Finanças, Obras e infraestrutura, Planejamento e Desenvolvimento Urbano? Se ficar nervoso, vai ter que pescar. Mas se for fora do país e o prefeito Ricardo Raymundo for junto é preciso pedir autorização para a Câmara. Agora o jogo é G-8 contra o G-7.
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