Acusado de traição, o presidente do PSDB se defende e diz que acordão foi de “porteira fechada”, linguagem usual do ex-prefeito. Pela conciliação, o partido de Waldemir Gonçalves Lopes vai comandar duas Secretarias.
Diversos analistas políticos de Tupã e Brasília consultados pelo blog, e conhecedores da negociação barulhenta do governo de Ricardo Raymundo (PV) para viabilizar a maioria na Câmara afirmaram que o acordão tem prazo de validade de apenas seis meses.
Este é tempo que a maioria dos observadores da situação e oposição acredita que durará a paz na administração partilhada.
De acordo com a previsão, a forma como tudo aconteceu – atabalhoada e sem nexo – comprometimento político, a coalizão não deve se sustentar. “Se o prognóstico se confirmar, a crise de governança será maior que agora”, garantiu um dos informantes que por motivos óbvios prefere não se identificar.
Agora, por exemplo, quando tudo parecia sacramentado, os tucanos “abriram o bico” gritando traição por parte do presidente do PSDB, Edson Schiavon. “Ele havia garantido que não tinha intenção de fazer parte de um governo descompromissado com o desenvolvimento político de suas ações, e agora diz que o acordão foi de porteira fechada”.
Porteira fechada significa que as pastas de Assistência Social e de Meio Ambiente não serão divididas. As duas serão comandas por Telma Tulim e Pastor Eliézer de Carvalho, respectivamente. E o PSB que teria feito um esforço colossal para atrair três parlamentares da oposição, incluindo Tiago Matias (PRP) ficaria voando?
A principio, o partido estaria satisfeito com a nomeação de Duda Gimenez para a Secretaria de Relações Institucionais. Mas, há quem diga que a indicação teria partido do próprio prefeito. Por tudo isso, o acordão é mesmo nebuloso, e nem os próprios envolvidos conseguem elucidar a embaraçosa trama articulada para agilizar a governança.
FOGO AMIGO
Agora, o governo de Ricardo Raymundo vai enfrentar o chamado fogo amigo. Os situacionistas estão descontentes e vão ficar de olho na distribuição de cargos. Com maioria na Câmara, em tese, não haveria resistência em aprovar a criação de cargos em comissão para abrigar e apaziguar os ânimos de colaboradores de campanha.
Fogo amigo, é o pior veneno que uma administração pode enfrentar. A oposição você sabe quem é, mas nem sempre é possível identificar os verdadeiros amigos, principalmente na política. Essa possibilidade está descartada. O que há são os amigos do poder.
Resta saber agora, se o Pastor Eliézer também será o líder do prefeito e se haverá mesmo o confronto entre ele e o Pastor Rudynei Monteiro (PP), arquitetado na antessala do prefeito.
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