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Escalada do ódio marca campanha eleitoral curta e violenta

Desde o início do ano, candidatos têm sido alvo do ódio, seja fisicamente, seja por meio de discursos. Especialistas pedem esforço para que democracia seja mantida.

RS Renato Souza  LV Lucas Valença Especial para o EM

Tiros na lataria de ônibus da caravana do ex-presidente Lula (E) e morte da vereadora do Psol no Rio marcam escalada da truculência, que culminou com facada em Jair Bolsonaro (PSL) (foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo 27/3/18 e Marcelo Camargo/ABR 15/3/18)
Tiros na lataria de ônibus da caravana do ex-presidente Lula (E) e morte da vereadora do Psol no Rio marcam escalada da truculência, que culminou com facada em Jair Bolsonaro (PSL) (foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo 27/3/18 e Marcelo Camargo/ABR 15/3/18)

Brasília – Três décadas após o Brasil reconquistar a democracia e o direito de voto ser estendido aos milhões de brasileiros, a soberania popular sofre ataques e a política vira alvo de cenas violentas – que preocupam autoridades e ameaçam a integridade das eleições. Os atentados contra candidatos à Presidência revelam os extremos da polarização política, o aumento da violência e do discurso de ódio entre eleitores e concorrentes. A escalada de violência se intensificou em março deste ano, quando tiros foram disparados contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que fazia pré-campanha no Paraná. A facada contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), há duas semanas, chocou eleitores e uniu até adversários políticos para pregar a necessidade da valorização do diálogo.

Atos de violência preocupam autoridades e especialistas. Não é de hoje que o Brasil enfrenta ataques contra candidatos e eleitores durante campanhas políticas. Mas a ação contra Bolsonaro é considerada a mais grave da história recente do país. Desde o começo do ano, o cenário político dava sinais de que não seria uma temporada tranquila de campanha. Em março, o país assistiu, incrédulo, ao assassinato da vereadora Marielle Franco. Em um crime ainda sem autores conhecidos, ela e o motorista Anderson Gomes foram alvos de tiros, no Centro do Rio de Janeiro. A parlamentar sofria ameaças, e se destacou por denunciar milicianos e atuar na proteção de vítimas de traficantes nas comunidades cariocas. A polícia trabalha, principalmente, com a hipótese de crime político, relacionado às atividades parlamentares da vereadora.

No fim do mesmo mês, a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou alvo. O comboio foi atingido quando seguia de Quedas do Iguaçu, no Oeste do Paraná, para Laranjeiras do Sul, na região central. Lula estava no primeiro ônibus, que não chegou a ser atingido pelos disparos. Um dos integrantes da caravana, que preferiu não ser identificado, afirmou que os disparos atingiram os veículos caracterizados. “Os tiros acertaram os ônibus que estavam com a plotagem do PT. Na hora em que ouvimos o barulho, notamos que eram tiros. Ao olhar pela janela, a impressão é de que os disparos vieram de uma região de matagal. Com certeza, foi algo intencional. Não tinha manifestação nem casas em volta”, disse.

Reações extremistas

A cientista política Mônica Sapucaia, professora do IDP de São Paulo, destaca que o discurso dos candidatos pode mover reações extremistas de alguns indivíduos e que é necessário ressaltar a importância do respeito às diferenças entre os integrantes da sociedade. “Não me parecem ações articuladas. Tudo indica que são pessoas que agem individualmente, ou em grupo, movidas por um discurso de ódio. Eles entendem que a diferença precisa ser eliminada. A diferença não precisa ser eliminada, mas, sim, dialogada. Não dá pra negar as diferenças, e os candidatos precisam adotar esse discurso de tolerância e de respeito a todos os grupos”, afirma.

Os ataques sequenciais no Paraná continuaram em abril. Um homem disparou tiros contra um acampamento montado em apoio ao ex-presidente Lula, próximo a Superintendência da PF, em Curitiba. Na ocasião, duas pessoas ficaram feridas. Um deles é Jeferson Lima de Menezes, presidente do Sindicato dos Bancários do Paraná. Ele foi atingido no pescoço e precisou ser levado ao hospital.

Para o antropólogo e historiador Frederico Tomé, o Brasil vive o momento “mais delicado”, em termos de violência a políticos e à política, desde a redemocratização. Ele explica que a agressão também é uma forma de domínio e herança de um país com tradição escravocrata e mandatária. “Da redemocratização até os dias atuais, a eleição de 2018 tem se tornado aquela em que a violência tem predominado”, acredita.

Dias de ódio

A campanha deste ano está marcada por atos de violência que colocam o pleito na lista histórica de períodos que mancham a política nacional.

Em 2018

» 14 de março: vereadora Marielle Franco é morta a tiros no centro do Rio

» 27 de março: tiros são disparados contra caravana do ex-presidente Lula, no Paraná

» 28 de abril: homem atira contra acampamento do PT, em Curitiba (dois feridos)

» 28 de junho: homem tenta atropelar militantes e invade acampamento do PT

» 6 de setembro: Bolsonaro é esfaqueado em Juiz de Fora-MG durante campanha

Fonte: www.em.com.b

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