Nenhum agente político local foi responsável pela votação de candidatos ligados a Bolsonaro
Antes que qualquer agente político local queira tirar proveito da onda que provocou um tsunami de votos aos candidatos que anunciaram apoio, e ou foram apoiados pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), é importante lembrar que não há qualquer relação.
A eleição de João Doria (PSDB) ao governo de São Paulo, teve a mesma trajetória do senador Sérgio Olímpio Gomes, o Major Olímpio, da jurista Janaina Conceição Paschoal e ou da apresentadora Joice Hasselmann e de Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável.
Os quatro tiveram expressiva votação em Tupã. Em comum, o fato de serem do mesmo partido do presidente eleito.
Se o PSDB local e ou seus aliados tivessem qualquer influência no resultado, o presidenciável Geraldo Alckmin não teria obtido os míseros 3.650 votos no primeiro turno, contra os 22.817 de Jair Bolsonaro. Vantagem que foi ampliada no segundo turno. Bolsonaro chegou a 80,04% dos votos válidos e somou 26.574 votos.
GOVERNADOR
Outro detalhe que confirma essa tese é a de que João Doria obteve apenas 570 votos a mais que Márcio França (PSB) no primeiro turno da eleição para o governo estadual, mas após declarar voto a Bolsonaro, Doria surfou e atingiu a marca 17.412 votos, enquanto França obteve 14.133 – 3.279 votos a menos que seu oponente.
Ainda que o vice-prefeito Caio Aoqui tenha viabilizado 4.117 votos para o candidato a deputado federal não eleito Walter Ihoshi (PSD), é preciso considerar o apoio da colônia japonesa e o possível uso da máquina.
Enquanto o “staff” do prefeito José Ricardo Raymundo (PV) não o fez, seu vice soube tirar proveito. Talvez seja este o motivo que o levou ao afastamento da Secretaria de Turismo.
APOIOS
Os candidatos apoiados pela equipe do chefe do Executivo, Reinaldo Alguz (estadual) e Enrico Misasi (federal) ficaram com apenas 1.756 e 846 votos, respectivamente. Portanto bem atrás de Janaina Paschoal (estadual), 3.725 votos; Eduardo Bolsonaro (2.876 votos) e de Joice Hasselmann (1902 votos). Os dois foram eleitos deputados federais.
O próprio Neto da Saúde, candidato doméstico a deputado estadual conseguiu 2.672 votos. Outros candidatos fortemente apoiados por agentes políticos locais, mas que não tinham qualquer afinidade com a onda Bolsonaro, como o sindicalista Luiz Carlos Motta (PR), recebeu 4.681 votos e Caio França (PSB) – 2.629 votos.
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