A professora Natalia Alves Ferreira (NAF – Projetos Esportivos), buscou a oposição ao prefeito para forçar um acordo sobre o calote de cerca de R$ 90 mil.
Ao buscar possivelmente opositores ao chefe do Executivo tupãense, a professora de educação física e gestora de projetos esportivos rompeu o lacre do núcleo duro da administração.
Expôs sem nenhum pudor situações que podem comprometer a administração do prefeito Caio Aoqui (PSD), mas também lhe imputa responsabilidade na mesma proporção das supostas e eventuais irregularidades.
Esta é análise feita por um dos auditores ouvidos pelo blog para tentar entender o que há nas entrelinhas de mensagens de áudios, textos e contextos da peça processual elaborada pelo advogado Thiago Augusto Rosin.
A NAF – Projetos Esportivos teve seus motivos para buscar ajuda na oposição, mas não previa que a partir da divulgação do fato pelo blog, houvesse o interesse da administração em recontratá-la, exatamente como forma de minimizar o impacto da denúncia ao Judiciário.
O problema não é mais a ação de reclamação para receber por serviços prestados e de pedido de indenização por danos morais, mas sim, as informações que terceiros podem levantar a partir do cruzamento de dados sobre os projetos de captação de recursos públicos.
É que o trabalho da professora consiste exatamente na elaboração de projetos para convênios nas esferas municipais, estaduais e federais, para obtenção de verbas públicas para fomentar o esporte, cultura e assistência social.
IRONIA
A denúncia na Vara Civil envolve diretamente o prefeito Caio Aoqui e o seu “Staff” político: os secretários de Administração, Everton Nakashima, Gabinete e Turismo, Douglas Guilhermon “Duda” Gimenez (Relações Institucionais e Cultura), e de Comunicação, Marco Antônio Pinheiro, o “Marquinhos” (Esportes).
A ação movida pela autora cobra na Justiça o equivalente a R$ 126.138,20, sendo R$ 89.925,00 por serviços prestados e R$ 36.313,20 de indenização por danos morais.
O advogado pede inclusive, que seja expedida uma decisão liminar e de bloqueio em contas, através do Banco Central (BACEN) em desfavor dos réus citados.
Por ironia do destino, o prefeito Caio Aoqui, enquanto vice de José Ricardo Raymundo (PV) dominou as Secretarias de Relações Institucionais (Comunicação), Turismo e Cultura, as mesmas que hoje os coloca numa sinuca de bico.
O jovem e vocacionado político, sistemático e desconfiado de tudo e de todos, não percebeu o quanto a “lealdade” de seu entorno pode estar corrompida pela volúpia inebriante do poder.
Há um ditado que diz que, “quem desconfia, não é de confiança” ou “não é de confiança, quem desconfia”? Eis a questão. A questão é de tempo. Apesar da desconfiança, é melhor mantê-la por perto ou se afastar e pagar para ver?!
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