Biomédica tupãense lamenta lentidão da Justiça em caso de acidente

Depois de mais de mil dias do acidente, a profissional está impedida de trabalhar e pode ser submetida a sexta cirurgia. A imprudência dos motoristas causa aproximadamente 90% dos acidentes. 

Cinco cirurgias após o acidente

Os números relativos ainda a 2020 são do portal do trânsito, mas as vítimas são de qualquer lugar do Brasil.

Em Tupã, a biomédica Daiani Rodrigues está entre as vítimas dessa estatística. Em 2019, por exemplo, ano do acidente que sofreu, 31.307 pessoas morreram por acidentes de trânsito.

A metade das vítimas, tanto de óbitos quanto de lesões permanentes, produto de acidentes de trânsito no país, têm entre 25 e 44 anos. 70% das vítimas são jovens entre 18 e 34 anos.

Foi em 9 de agosto de 2019, que Daiani sofreu o acidente no trânsito de Tupã e desde essa época já foi submetida a cinco cirurgias e segue afastada de seu trabalho por conta das sequelas.

– Estou indo para a sexta cirurgia. São quase três anos sem trabalhar e dependo do INSS. Em um dos procedimentos foi feito enxerto do cotovelo para o punho, 5 anestesias geral e um trauma psicológico sem fim.

Para além dos graves efeitos psicológicos sobre a vítima e sua família, os acidentes também implicam um enorme gasto para nossas finanças pessoais e repercutem na economia nacional e na Segurança Social. Cada morte no trânsito custa para o Estado R$ 785 mil, destaca a publicação.

IMPRUDÊNCIA

Sem os procedimentos poderia perder o membro

A imprudência dos motoristas causa aproximadamente 90% dos acidentes, conforme o portal do trânsito. O Brasil está entre os dez primeiros com maior número de mortes causadas por acidentes nas ruas, estradas e rodovias.

A cada 7 minutos uma pessoa é vítima de um acidente em alguma via do país. O condutor do veículo é o que mais sofre as consequências, seguido pelo pedestre e por último o passageiro.

A estimativa em 2019 era de que seriam pagas 143 mil indenizações por invalidez e cerca de 30 mil por mortes.

Para Daiani Rodrigues, o que a deixa indignada é a demora no processo que se arrasta há três anos. “Além de ficar sem trabalhar por causa do comprometimento de meu braço esquerdo, as cirurgias, a dor, o sofrimento psicológico, também há um enorme gasto com medicamentos”, expôs.

De acordo com a vítima, a causadora do fatídico acidente nunca a auxiliou em seu tratamento, durante todo esse tempo em que permanece afastada do trabalho como biomédica.

O ACIDENTE

Parte dos remédios que toma para amenizar a dor e a depressão

O acidente que a biomédica sofreu aconteceu na tarde do dia 9 de agosto de 2019. Daiani Rodrigues tentou atravessar a Rua México para apanhar a sua cachorrinha. De repente, surgiu uma camionete haylux, dirigida por uma mulher e a atropelou.

Com traumatismo craniano e fratura exposta no braço, tinha início o seu drama que se arrasta até os dias de hoje, com uma sequência interminável de mais de 1000 dias de tratamento especializado com cirurgião de Marília.

Enquanto o processo se arrasta na Justiça local, Daiani Rodrigues lembra que a sua sorte primeiro foi ter escapado da morte.

– Também, graças a Deus, o meu antigo emprego ainda está pagando minha Unimed senão já tinha amputado o membro.

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One thought on “Biomédica tupãense lamenta lentidão da Justiça em caso de acidente

  1. Nosso país e lento em tudo a respeito a processos a favor do contribuinte se for ao contrário a justiça e rápida p punir um contribuinte uma pessoa comum e lamentável nem precisamos falar muito todos nós sabemos das falhas da lei retrógrada que somos submetidos precisamos que mudem as leis em todos os ambitos mais funcionários na saúde e nos tribunais o zerar a lentidão e muito triste ver essas notícias e qdo e com alguém tão querida ainda pior .Mas tem que fazer como vc Daiane publicar reclamar gritar por soluções se não nada acontece

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