A possível trama antecipada pelo blog, e o áudio vazado do PT, desarranjaram a articulação.
Como já antecipado golpistas e golpeado se uniram em protestos antidemocráticos em Tupã, e colocaram na mesma boca de cena, Caio Aoqui (PSD) e o ex-prefeito Ricardo Raymundo, cassado em 28 de maio de 2019, sob acusação de golpe pelo PV.
Entre os parlamentares que impediram o ex-prefeito está Paulo Henrique Andrade (PSDB). Por ironia do destino, também se viu no “banco dos réus”, na noite desta segunda-feira (21), sob acusação de atos inconstitucionais.
Por trás de toda trama, sugeriu o diário online de que estaria o prefeito Caio Aoqui, numa tentativa de diminuir o blocão de 8 vereadores da oposição e impedi-los de eleger a próxima mesa diretora do Legislativo.
Simultaneamente surgiu áudio vazado do PT, através do presidente do Diretório Municipal, Valci Silva, pedindo voto contrário ao afastamento do Paulo Henrique, para desarticular o chefe do Executivo.
Além de Caio Aoqui, segundo o áudio, estariam por trás do conluio, o ex-vereador Charles dos Passos Sanches (PSDB) e a autora da denúncia, a líder comunitária Teresa Vicente (PSD). Ambos refutaram a acusação.
Mas, seja como o blog previa ou como insinuou o PT, o afastamento do parlamentar bolsonarista favorecia o prefeito bolsonarista. Lá vem o ditado: “quem com ferro fere, com ferro será ferido” e vice e versa.
A eventual tentativa de contrapor a maioria da oposição, não vingou pelo alarde que se criou.
Para minimizar o impacto negativo, na hora do voto, todos os vereadores da situação, também votaram contra a admissibilidade do pedido de impeachment de Paulo Henrique.
Assim, a oposição mantém maioria na Câmara e, dia 13 de dezembro, possivelmente elegerá o próximo presidente, 1º secretário (a), 2º secretário (a), para comandar o biênio 2023/2024.
Na disputa pela oposição está: Augusto “Ninha” Fresnesa (PSD) e pela situação, pastor Eliézer de Carvalho (PSDB). Também pela oposição, o nome de Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP), não é descartado.
BRIGA DE ÁUDIO:
Ontem à noite um áudio na voz do ex-vereador Charles dos Passos questionava o presidente do PT sobre a forma pela qual teria chegado à conclusão de uma tentativa de golpe contra o colega de partido.
– Através de Luís Carlos Sanches conquistamos a Sub-Secretaria de Cultura, sem que houvesse a necessidade de cassar ninguém. Nos foi confiada a pasta por amarmos o que fazemos e fazemos por amarmos a cultura, garantiu.
O ex-vereador também alertou de que difamação ainda é crime, sugerindo que a narrativa do líder petista possa ter conotação de denunciação caluniosa.
O áudio do presidente do PT havia sido gravado no sábado (19), e foi enviado aos companheiros de partido, mas vazou e chegou ao conhecimento do blog.
Ontem à noite, logo após a sessão de leitura e votação do pedido de impeachment, Charles dos Passos foi à Câmara, para se explicar pessoalmente com o titular da cadeira no parlamento.
Um afastamento de Paulo Henrique colocaria o suplente no Legislativo e reduziria a maioria opositora ao prefeito Caio Aoqui e automaticamente influenciaria no resultado das eleições parlamentares.
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