O prefeito de Tupã (SP) voltou a mostrar força depois do segundo turno das eleições.
O prefeito Caio Aoqui (PSD) que desde o início do segundo semestre vinha demonstrando que perdia o vigor político, voltou a ganhar musculatura a partir do segundo turno das eleições, em 30 de outubro.
O blog previu a tentativa do chefe do Executivo, em jogar todas as suas fichas na eleição de Jair Bolsonaro (PL) e de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para governador de São Paulo, como única forma de virar o jogo para cima da oposição.
Depois de perder cinco parlamentares da base aliada, dos quais, três eram de seu partido, Caio Aoqui foi resiliente e esperou o momento oportuno para retomar o controle das rédeas.
Nesse período, um pedido de impeachment protocolado na Câmara terminou em galinhada degustada ao lado de seu “algoz”.
Assistiu ao seu possível sucessor Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru” (PSD) também escapar de um pedido de afastamento da presidência da Câmara e, por fim, até a Polícia Federal realizou a operação Esparrela sob suspeita de fraude em contratos para uso de recursos para combate à Covid-19.
ARAPUCA
Em silêncio, a arapuca só foi desarmada quando a presa não tinha mais como escapar da manjada traição para “virar a mesa” na eleição da Câmara.
Além de fazer a mesa diretora do Legislativo, deixou a oposição “pelada” e com a minoria, sem a coordenação da TV Câmara.
A partir de janeiro sai das mãos de Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP) e fica com Lucas Hatano (PSD), e deve manter a assessoria jurídica, que também poderia cair com a eventual eleição de Augusto Fresneda Torres, o “Ninha” (PSD).
Para recompor a maioria em sua base aliada, o prefeito arrastou para seu lado o ex- descontente Marcos Rogério Gasparetto (PSD) e Cristina Vicente dos Reis Fernandes, a professora “Cris” (PC do B), eleitos presidente e primeira secretária, respectivamente. Ao pastor Eliézer de Carvalho (PSDB) ficou a segunda secretaria.
OUTRO LADO
Do outro lado, o da oposição sobrou o descontentamento com a traição. A lamentação com o fato de ter acreditado na carta/fechada de compromisso e lealdade e, por fim, por ter subestimado o tirocínio de Caio Aoqui, acusado pelo PV de ser um dos traidores do prefeito cassado José Ricardo Raymundo.
À época, o então vice-prefeito não agiu sozinho, foi em cumplicidade, inclusive, com Paulo Henrique Andrade (PSDB), Ribeirão, entre outros, portanto, sabedores das táticas uns dos outros.
Mas, Caio Aoqui trucou na mesa ao exigir para mudar de posição, que o líder opositor e extremista Paulo Henrique Andrade, se tornasse seu líder na Câmara.
A proposta seria uma sentença de morte política para as pretensões do oposicionista, que vislumbra herdar os votos da direita e se candidatar a prefeito de Tupã.
Na frente dele, já está Caio Aoqui.
OSECHI-RYGORI
Agora, vem o recesso e as festas de fim de ano, quando Caio terá cumprido metade de seu mandato, e o que há de concreto é o seu projeto político, como foi antecipado pelo blog, logo após as eleições de primeiro turno.
ABRAÇADO: Por Caio, Tarcísio e pelo Bolsonaro
Caio imagina um cenário favorável no apagar das luzes de Natal – perpetrar uma mudança no seu primeiro escalão para contemplar a sua preferência.
A indicação de um deles para a liderança e coordenação da TV Câmara e a possível nomeação de outro para retornar a uma das Secretarias será mais uma sinalização de que o réveillon será de pratos típicos do Japão, chamados de Osechi-ryori.
O cardápio foi confirmado, após a sobremesa das urnas eletrônicas e do voto nominal da eleição da Câmara.
Na mesa da Ceia – Caio Aoqui, Shigueru, Hatano, restritos convidados, e outros integrantes da colônia. Ake ome! Koto yoro!
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