Assim que a Anvisa aprovou o imunizante Qdenga (TAK-003) da farmacêutica japonesa, o prefeito de Quintana intensificou cobrança para agilizar a compra pelo SUS. Ouça áudio
O prefeito de Quintana, Fernando Itapuã (PSC) foi um dos primeiros políticos da região a iniciar tratativas para estreitar relacionamento com o governo japonês, com a intenção de intermediar a compra da vacina Qdenga (TAK-003) da farmacêutica Takeda Pharma.
As negociações foram intensificadas com o Consulado Geral do Japão, a partir do dia 10 de maio, quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado o imunizante desenvolvido pelo laboratório japonês.
O assunto foi discutido durante reunião com o cônsul-geral do Japão em São Paulo, Kuwana Ryosuke. Em entrevista ao jornalista Alcyr Netto do portal Marília Notícia, o chefe do Executivo quintanense disse que colocaria o município à disposição do Japão.
“Queremos solicitar informações sobre a vacina contra a dengue. É fundamental ter a dose. Ela já foi aprovada pela Anvisa e o laboratório é japonês. Vamos colocar nosso município à disposição do Japão. Entre tantas ideias, queremos informações se o consulado pode nos ajudar a ter essa vacina”, conta o prefeito.
Em 2016, Itapuã já havia sido notícia internacional ao iniciar na Justiça uma batalha vitoriosa para imunizar a população de Quintana contra a gripe H1N1
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AGORA DENGUE
Sete meses depois dessa intervenção, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, informou que em fevereiro de 2024 a vacinação contra a dengue vai ter início. De acordo com o portal ig, a informação foi dada em uma publicação no Twitter/X. Trindade escreveu: “Incorporamos a vacina da dengue ao #SUS. O Brasil será o primeiro país com sistema universal como o nosso a dar acesso público a ela”.
Essa é a primeira vacina liberada no Brasil para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue. A vacina é aplicada em pessoas entre 4 e 60 anos, sendo necessário duas doses com intervalo de três meses. A vacina possui sorotipos diferentes ao do vírus e pode ser aplicada em pessoas que já tiveram a doença.
Em 2024, no entanto, o SUS oferecerá 6,2 milhões de doses, o que dá 3,1 milhões de pessoas com o ciclo vacinal completo no ano. Com isso, o Ministério da Saúde informou apenas que a vacinação será focada, inicialmente, em regiões prioritárias, sem dar mais informações.
O Ministério da Saúde estudou junto a fabricante o preço proposto por dose, bem como a capacidade de produção da vacina. A ministra disse que está discutindo para conseguir uma transferência de tecnologia com a empresa para conseguir um resultado positivo. “Temos dois grandes laboratórios, o Butantan e a Fiocruz, com capacidade de produção para chegarmos à escala de que nosso país e população precisam”, diz Trindade.
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