Prisão de “sócio” da empresa Cabeludo Eventos alimenta mais teorias

Junior Gordo, o primeiro da direita para à esquerda, ao lado da prefeita de Osvaldo Cruz, Vera Morena (Progressistas) – Foto: Divulgação/PMO

Há quem não acredite na ocorrência de acidente

A prisão de Junior Rodrigues Avelaneda, 57 anos, conhecido por Junior Gordo, residente em Iacri-SP, e considerado um suposto sócio de Emerson Caíres de Oliveira, 51 anos, o “Cabeludo”, alimentou ainda mais as teorias da conspiração sobre a morte do empresário.

Os rumores não param desde o sábado (16), quando o blog divulgou a morte dele, por parada cardiorespiratória, após complicações em decorrência de um acidente automobilístico. Agora, aventam a possibilidade de que a prisão teria relação com a morte de Cabeludo. Não procede.

Na verdade, o mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Araxá-MG.

Síntese da decisão:

“Tendo em vista as informações trazidas pelo Ministério Público, tenho que está caracterizado o periculum in mora, e em resguardo à efetividade da execução penal, ad cautelam REGRIDO o reeducando JUNIOR RODRIGUES AVELANEDA, ao regime prisional FECHADO, sob a condição de doravante, e até que seja ouvido em Juízo sobre a falta a ele imputada, ter que permanecer encarcerado no presídio local. Expeça-se o competente mandado de recaptura, consignando prazo de validade referente a prescrição executória, remetendo-o às policias civil e militar, devendo-se consignar no corpo do Mandado que, efetuada a captura, seja o Reeducando cientificado da regressão cautelar do regime”, despachou o magistrado Renato Zouain Zupo.

ENDEREÇO

A captura de Junior Gordo aconteceu às 13h45 de quarta-feira (20), na Rua José Luís Pradella, 315, Conjunto Alvaro Campoy, em Osvaldo Cruz.

Para aumentar ainda mais as suspeitas daqueles que duvidam do caso, o endereço onde aconteceu a detenção de Junior Gordo seria um dos locais onde o empresário mantinha algum tipo de atividade, em Osvaldo Cruz, onde também reside José Maria Lima de Caíres, pai de Cabeludo.

NEGÓCIOS

A propósito, sobre a suposta sociedade de Junior Gordo e Emerson Caíres, de fato os dois eram sempre vistos juntos e muitos dos contatos com agentes políticos, secretários municipais e prefeitos sobre os eventos agenciados pela “Cabeludos Eventos” eram feitos pelo preso.

Assim acontecia em Tupã, com o prefeito Caio Aoqui (PSD) e com o secretário de Administração, Everton Nakashima. Com Nakashima, desde sua gestão como secretário de Governo de Arco-Íris.

Paralelamente ao oficial, também há indícios de que Junior Gordo teria ido ao local para dar satisfações ao José Caíres sobre os negócios que ele mantinha com o seu filho, e a partir de um desentendimento, a PM foi acionada informando sobre o paradeiro do acusado.

A verdade é que o mandado de prisão foi expedido no dia 25 de outubro, portanto, Junior Gordo só foi preso quase um mês depois, em circunstâncias que podem ser absolutamente sem nenhuma relação sobre os eventuais negócios que mantinha com a Cabeludo Eventos, mantenedora de contratos de shows com várias prefeituras da região, como a de Tupã e com o Sindicato Rural para a promoção da Exapit – Exposição Agropecuária e Industrial de Tupã.

TEORIAS

Nunca na história do país o termo “teoria da conspiração” foi tão usado diante da polarização política no Brasil, entre direita e esquerda.

O vocábulo “comunismo” ganhou força nas guerras ideológicas travadas em redes sociais e até mesmo no discurso oficial da política brasileira. Seu uso foi intensificado pela extrema direita como uma espécie de ameaça.

O termo se refere a teorias nas quais os pontos centrais são a descrença nas explicações oficiais de determinados eventos, bem como a crença de que algum grupo de pessoas tem algo a ganhar “escondendo a verdade” do povo.

O ACIDENTE

Nakashima e Aoqui se declararam consternados com a morte de Cabeludo

O acidente que resultou na morte de Emerson Caíres de Oliveira, ocorreu na noite de quinta-feira (14), às 23h40, na SP-294, antes da sede da AABB – Associação Atlético Banco do Brasil, no sentido Tupã/Marília.

O Hyundai Azera placa EBB-4103 que Cabeludo dirigia bateu na traseira de um caminhão Mercedes Benz 1620 – placas NBE-8505, conduzido por Thiago Naun Roberto. Saiba Mais: Morre o empresário de eventos Cabeludo, após acidente na rodovia

Cabeludo disse que “o caminhão estava parado”, fato desmentido pelo caminhoneiro que garantiu “velocidade reduzida”. Socorrido, Cabeludo deu entrada na Santa Casa de Tupã, na madrugada do dia 15, mas houve complicações e, às 3h40, de sábado (16), não resistiu e morreu de parada cardiorespiratória.

O complemento da ocorrência foi feito pela esposa da vítima, Marycel Valderramas Neres do Nascimento. Os fatos foram comunicados ao delegado Wellington Ubiratan de Lima. O veículo dirigido por Cabeludo está em uma funilaria de Tupã e pertence a Carlos Cesar Cerqueira, morador em Rinópolis.

Leia também: Prefeito Caio Aoqui fica consternado com a morte do empresário de eventos

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