O Líder do governo Dilma Rousseff, na Câmara federal, Cândido Vaccarezza (PT), anda preocupado com a repercussão política negativa na região de Marília, incluindo entre outras cidades, Tupã, na região da Nova Alta Paulista.
Em pouco mais de um mês, o nome do parlamentar federal esteve envolvido em manchetes jornalísticas desfavoráveis. É evidente que alheio à vontade dele, porém de gente da própria assessoria política que o deputado possui na região.
Assim foi com a denúncia feita pelo Estadão, apontando que o deputado teria dado calote em cabos eleitorais em cidades como Marília, Tupã, Bastos, Lucélia e Osvaldo Cruz e, mais recentemente, conforme divulgado aqui.
Vaccarezza, segundo o Jornal Estadão foi um dos responsáveis pelo investimento de R$ 25 milhões, para a implantação de obras de macro drenagem em Tupã. Como recompensa, em dois momentos Vacarezza recebe “fogo amigo” do eixo Marília/Osvaldo Cruz.
Aparecem como representantes de Vaccarezza na região, o ex secretário de Administração e Finanças de Tupã, Walter Bonaldo (PMDB), e Tiago de Sousa (PMDB) com ficha abonada para ir para o PT, sobrinho do vereador Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PPS).
Recentemente numa entrevista à TV Câmara, Bonaldo disse ter encontrado em Tupã “um terreno fértil”, para viabilizar recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), sempre com o aval, do parlamentar federal, através de emendas e busca direta de recursos.
Outro problema que Vaccarezza logo vai enfrentar é exatamente no que se refere à intermediação desses recursos (banco público, empreiteiras e fornecedores).
Vaccarezza é acusado de dar calote em colaboradores
Líder do governo na Câmara dos Deputados vê “chantagem” no episódio
Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara dos Deputados (Cristiano Mariz)
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT), está sendo acusado de dar calote em cabos eleitorais da região da Alta Paulista, no oeste do Estado de São Paulo. A dívida, na versão de seus acusadores, é de 270 mil reais com um engenheiro com quem fez dobradinha em Marília, de 20 mil reais com diretório do PT na cidade e de 60 mil reais com um empresário de Tupã, além de dívidas menores com outras pessoas da região. O deputado nega as acusações e vê “chantagem” no episódio. À tarde, Vaccarezza divulgou nota em que rebate a denúncia.
Em todas as cidades em que há a denúncia de calote, a história é bastante parecida. O economista Walter Bonaldo Filho, definido pelas pessoas ouvidas pela reportagem como “organizador” da campanha do deputado para a região, contratou colaboradores e serviços que depois não foram pagos. Bonaldo, segundo ele mesmo, é amigo pessoal de Vaccarezza há 17 anos e é filiado ao PMDB. Ele nega que tenha deixado dívidas e atribui as denúncias a brigas internas do PT.
Bonaldo foi secretário de Finanças de Tupã entre janeiro de 2009 e agosto de 2010, no governo de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Antes, havia prestado assessoria à prefeitura da cidade na condição de consultor da Fundação Getúlio Vargas. Deixou a prefeitura durante a campanha eleitoral de 2010 para ajudar Vaccarezza. Ele alega que não poderia continuar em um governo tucano e ajudar um petista na campanha.
Segundo explicou o próprio Bonaldo, a região da Alta Paulista é um reduto tucano. Por isso ele se ofereceu a Vaccarezza, que tem base na capital paulista, para ajudar a conseguir mais votos na região. Ele confirma que teve conversas com lideranças da região para angariar apoio político, mas negou que tivesse feito qualquer acerto financeiro.
(Com Agência Estado)