Perde para cidades pequenas e mais novas como Quintana, Borá, Adamantina e outras
Criado pelo Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou, em sua quinta edição, que entre 2000 e 2010, mais que dobrou a quantidade de cidades brasileiras em patamar moderado de desenvolvimento. Nesse período, a participação de municípios na faixa moderada subiu de 30,1% (1.655 municípios) para 61% (3.391 municípios). No mesmo período, também caiu a presença de cidades na categoria de baixo desenvolvimento: de 18,2% (1.005 municípios) em 2000 para 0,3% (seis municípios). Embora continue pequeno, o número de cidades com patamar de alto desenvolvimento registrou crescimento expressivo. Passou de 19 cidades em 2000 para 328 cidades em 2010.
Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento – Emprego & Renda, Educação e Saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), mo derado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de Emprego & Renda e Educação.
A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente Emprego & Renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010. Apesar do significativo crescimento, o IFDM Emprego & Renda avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.
A categoria Educação manteve a tendência de evolução observada nos últimos anos e alcançou 0,7692 pontos, desenvolvimento moderado. A pontua-ção representou um avanço de 2,5% em comparação com o ano anterior, com crescimento em 81,5% dos municípios. Em particular, destacou-se a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que em 2010 progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no País subiu de 34,9% em 2009 para 40,1% no ano seguinte.
Na Saúde, o indicador ficou praticamente estável, mas manteve-se em patamar de alto desenvolvimento, atingindo 0,8091 pontos: crescimento de 0,9% em 2010, quando 64,8% dos municípios avançaram nessa área de desenvolvimento. Entre as variáveis de saúde básica acompanhadas pelo estudo, o destaque de 2010 ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do País. Ainda assim, apenas 5,3% dos municípios têm mais de 90% das gestantes fazendo pré-natal corretamente.
Embora o IFDM seja um indicador que acompanhe o desempenho dos municí-pios, a divulgação das estatísticas oficiais dos estados também permite a criação de um ranking comparando o desempenho das 27 unidades da federação do País, incluindo o Distrito Federal. Na lista, São Paulo (0,8940 pontos) e Paraná (0,8427) mantiveram as duas primeiras colocações pelo sexto ano consecutivo.
O grande destaque ficou para Santa Catarina (0,8261), estado que alcançou grau de alto desenvolvimento e assumiu a 3ª colocação, que pertencia ao Rio de Janeiro (0,8230). Em 5º e 6° lugares, aparecem Minas Gerais (0,8197 pontos) e Rio Grande do Sul (0,8190), que também integram pela primeira vez o rol dos estados com alto grau de desenvolvimento. Com essas conquistas, o número de estados com a melhor classificação passou de três em 2009 para seis em 2010.
Na parte de baixo do ranking dos estados, Alagoas seguiu com o pior desempenho: praticamente não evoluiu no IFDM 2010, mantendo-se como o único estado brasileiro com grau de desenvolvimento regular (abaixo de 0,6 pontos): 0,5943 pontos.
Tupã
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal de Tupã é de 0,7322, considerado moderado. Entre os municípios de todo o Brasil, Tupã está em 1.091º lugar. A nível estadual, se situa na 428ª posição.
A evolução anual do IFDM de Tupã é a seguinte: 2000, 0,6742; 2005, 0,7308; 2006, 0,6918; 2007, 0,6885; 2008, 0,7300; e 2009, 0,7509.
O melhor índice alcançado por Tupã foi no item educação, com 0,8914, considerado de alto desenvolvimento. Apesar das muitas reclamações, o item saúde também foi alto, chegando a 0,8352, considerado também de alto desenvolvimento. Já o item emprego e renda foi de apenas 0,4690, considerado de moderado desenvolvimento.
O FUTURO, NAS PALAVRAS DO LEITOR EVANDRO BARDELIN: “Eu posso asseverar que os administradores públicos de Tupã foram emblemáticos para o amadurecimento da política pública, mas questiono guarnecidamente o fato destes governantes não ter usado suas importâncias simbólicas para grandes feitos e conquistas. Segundo a minha visão sistêmica e global, a estagnação, o marasmo e a inércia do município é resultado da deterioração do desenvolvimento sócio-econômico (Tupã precisaria crescer e se desenvolver em ritmo acelerado para conquistar a posição de cidade-sede da região e com isto atrair novos investimentos e gerar empregos e renda). Tupã precisa reafirmar a sua vocação de líder da Alta Paulista. O nosso município detinha em outras épocas este título, e hoje vemos perder o seu posto de liderança regional para cidades muito menores e mais novas”, como por exemplo:
Ø Quintana IFDM é de 0,7812. Entre os municípios de todo o Brasil, Quintana está em 483º lugar. A nível estadual, se situa na 230º posição.
Ø Quatá IFDM é de 0,7580. Entre os municípios de todo o Brasil, Quatá está em 728º lugar. A nível estadual, se situa na 317º posição.
Ø Pompéia IFDM é de 0,8328. Entre os municípios de todo o Brasil, Pompéia está em 181º lugar. A nível estadual, se situa na 117º posição.
Ø Adamantina IFDM é de 0,7687. Entre os municípios de todo o Brasil, Adamantina está em 605º lugar. A nível estadual, se situa na 272º posição.
Ø Borá IFDM é de 0,8347. Entre os municípios de todo o Brasil, Borá está em 176º lugar. A nível estadual, se situa na 114º posição.
Ø Osvaldo Cruz IFDM é de 0,7852. Entre os municípios de todo o Brasil, Osvaldo Cruz está em 446º lugar. A nível estadual, se situa na 216º posição.
Ø Dracena IFDM é de 0,7939. Entre os municípios de todo o Brasil, Dracena está em 376º lugar. A nível estadual, se situa na 194º posição.
Ø Clementina IFDM é de 0,7919. Entre os municípios de todo o Brasil, Clementina está em 390º lugar. A nível estadual, se situa na 199º posição.
OBS: TUPÃ TEM ÍNDICE RUIM DE DESENVOLVIMENTO, TENDO EM VISTA QUE O MUNICÍPIO NÃO INGRESSOU NUMA FASE DE INDUSTRIALIZAÇÃO E CRESCIMENTO ECONÔMICO ACELERADOS.