O presidente da Câmara Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP) disse na tarde desta segunda-feira (17) que lamenta o incidente que resultou em briga com o vereador Valter Moreno Panhossi (DEM) ocorrido na manhã de sexta-feira (14). Garantiu que tudo teria sido provocado pelo próprio desafeto que, descumpriu decisão de um colegiado de vereadores, invadiu a presidência e o desacatou diante de testemunhas.
Foi neste momento, segundo Ribeirão que “para não entrar em vias de fato com Valter sai da sala, mas fui seguido. Com dedo em riste teria partido para cima de mim e, para me defender agi e também fui agredido”, destacou Ribeirão. A confusão foi flagrada pelo circuito de monitoramento da Câmara.
Ribeirão explicou que a decisão de prestar seis homenagens com título de “Cidadão Tupãense” e com a medalha “Luiz de Souza Leão” foi decidida pelas quatro (4) lideranças, logo, se um dos indicados não aceitasse, os outros Projetos de Decretos do Legislativo seriam protocolados por decisão de todos os vereadores.
“O Valter Moreno foi considerado retardatário e, em nenhum momento, fiz qualquer protocolo. Eu já estava em São Paulo, quando os decretos foram protocolados. Atrasei a viagem em duas horas, aguardando uma definição e ele veio tirar satisfação de uma coisa que não cabia minha decisão e sim, das lideranças. Se fiz algo errado, talvez seja o fato de ter me antecipado a ele e ter mantido contado com o padre”, observou Ribeirão.
De fato os seis (6) documentos foram protocolados quando Ribeirão já estava em São Paulo. De acordo com a Secretaria da Câmara, os protocolos aconteceram entre 13h51 (o primeiro) e o último, às 13h53. O prazo vencia às 14 horas. Agora todos deverão ser votados e aprovados até o dia 15 de julho, para ser entregues num prazo de até seis meses.
O presidente da Câmara, Ribeirão lembrou ainda que nenhum dos apontados para ser homenageado foi preterido ou substituído. Todos receberão as devidas homenagens, apenas o padre Antonio Padula não será homenageado porque não aceitou.
DECORO PARLAMENTAR
O presidente do Legislativo tupãense, Ribeirão disse que o desentendimento não significa quebra de decoro parlamentar e sim, apenas um caso de Polícia. A briga, na opinião dele, apesar de ter acontecido dentro da Câmara, não prejudicou os trabalhos legislativos.
Ribeirão citou como exemplo de caso de quebra de decoro parlamentar o caso do então senador Antonio Carlos Magalhães que havia violado o painel do Congresso para saber como os demais iriam votar. “Isso sim é quebrar o decoro parlamentar, não nesse caso ocorrido sexta-feira”.
É que além de ter registrado ocorrência e se submetido a exame de corpo de delito, o vereador Valter Moreno teria se reunido com outros parlamentares para discutir essa possibilidade de abrir um processo contra o presidente do Legislativo por quebra do decoro parlamentar.