O Programa de Aquisição de Alimentos (PPA) que fornece alimentos fresquinhos para 19 entidades de Tupã, como verduras, frutas e legumes está em xeque, por conta de uma nota superfaturada apresentada a uma das entidades beneficiadas. Informação confidencial de dentro da Secretaria da Agricultura, obtida pelo Blog, dá conta que isso tem sido uma praxe, desde a implantação do Programa em Tupã.
O PPA é um Programa do governo federal em parceria com a Prefeitura de Tupã e envolve 54 produtores rurais cadastrados na Declaração de Aptidão do Programa Agricultura Familiar (DAP) e ao contemplar 19 entidades de forma direta, beneficia 1.900 pessoas, segundo a Assessoria do prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB).
Mas como tem sido uma praxe na atual administração, uma nota superfaturada tentava justificar um gasto inexistente dos Vicentinos no valor de cerca de R$ 3 mil. Acontece que a entidade garante que nunca consumiu quase 500 litros de mel e, muito menos mais de meia tonelada de feijão. Diante do impasse, o presidente dos Vicentinos o ex-vereador Valter Moreno (PMN) se recusou a assinar a nota.
Recusou-se depois de ter sido informado pelos conferentes de que o que especificava a nota não condizia com a verdade. Inicialmente Moreno esbravejou, gritou, mas se lembrou que já foi vereador e que pretende se eleger outra vez. Nesse caso, é melhor apenas pressionar nos bastidores do que enviar o caso ao Ministério Público. Porém, antes, é melhor tirar uma cópia do documento superfaturado para eventualmente esfregar na cara de alguém que amanhã, terá “rabo” preso com ele. É o vicio parlamentar de Tupã.
Mas neste caso, Valter Moreno está sendo omisso, afinal, ele representa uma entidade que acredita nele, não como ex-vereador mas, sobretudo, como cidadão que efetivamente esteja preocupado com o benefício maior que são as famílias atendidas pela entidade. Ou não? Ou estaria usando a entidade em benefício próprio, pensando em se eleger vereador?
A verdade dos fatos é que a nota superfaturada gerou correria na Secretaria comandada pelo vereador Danilo Aguilar Filho (PSB) e o secretário recém empossado Benedito Rodrigues Gonçalves, enviou vários emissários à casa do ex-vereador e, foi pessoalmente tentar resolver o problema. Mas não resolveu. Como presidente da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) empurrou a nota superfatura para a entidade que ele comanda.
A nota acusava além do que os Vicentinos comumente utilizava ao mês, mais cerca de 500 quilos de mel e mais de meia tonelada de feijão. O (PPA) fica sob suspeita não só por causa dessa nota. Mas é possível que nestes dois anos do Programa tenha havido outras situações semelhantes, como informou ao Blog, um funcionário da Secretaria da Agricultura de Tupã.
Numa matéria recente feita pela Assessoria de Imprensa do prefeito, disse o atual secretário da Agricultura e presidente da APAE, “os alimentos são selecionados de acordo com o Conselho de Segurança Alimentar e garante a alimentação saudável dos assistidos, oferecendo a eles produtos frescos e nutritivos, proporcionando economia à entidade que não precisava mais comprar verduras”.
Assim, também esperamos que além de alimentar os assistidos que não haja notas superfaturadas para alimentar a corrupção que campeia Brasil a fora. Só faltava este escândalo para Tupã. Desvio de dinheiro público da horta que abastece o (PPA) Panela do Pobre Assistido.
O governo federal tem repassado a Tupã quase R$ 220 mil. O Ministério Público precisa investigar se o acréscimo tem relação com a necessidade ou por causa de notas superfaturadas. A seguir esse ritmo, o ano que vem, ano de eleições municipais, este valor poderá saltar para R$ 300 mil, para suprir as “necessidades” de outro (PPA) Políticas, Partidárias “Administrativas”.
Como que uma pessoa escreve alguma matéria sem ter noção nenhum sobre os fatos que ocorreram e depois de publicada procura se retratar.
É já não se formam Jornalistas como antes.