Justiça de Tupã interroga integrantes da Comissão de Licitação da Administração Waldemir sobre suposta fraude no aluguel de tendas

A empresa seria de uma ocupante de cargo de confiança. Pelos “relevantes” serviços prestados ainda teria sido favorecida em concurso público.

A Justiça de Tupã deve interrogar nesta quinta-feira (24) integrantes da Comissão de Licitação da Administração Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Eram integrantes da Comissão de licitação funcionários públicos concursados ou não, mas que tinham a função de acompanhar todos os processos de licitações públicas.

Entre as várias licitações questionadas na administração anterior está a que contratava tendas de uma empresa tupãense. Conforme o blog já divulgou, algumas foram supostamente fraudadas e tinham por finalidade favorecer a empresa que pertencia a uma funcionária ocupante de cargo em comissão. A legislação proíbe essa pratica.

Ainda durante o período, a funcionária, eventualmente “dona” da empresa, ainda seria parente da ex-secretária de Cultura e Turismo, Aracelis Gois Morales Rigoldi (PSD). Mais tarde, a empresária foi aprovada em um daqueles concursos públicos sob suspeita. Em um deles o ex-prefeito, Waldemir Gonçalves Lopes e o ex-secretário de Governo, Adriano Rogério Rigoldi (PSDB) foram condenados por improbidade administrativa e perderam os direitos políticos em primeira instância.

PROMOTORES

Sobre a suposta licitação direcionada teria havido uma força tarefa envolvendo Ministério Público de dois Estados (PR e SP). Informações extraoficiais dariam conta que o Ministério Público teria iniciado uma ampla investigação sobre o prefeito, alguns secretários e empresários que durante os oito (8) anos, teriam sido privilegiados com licitações supostamente fraudulentas.

O início dessa eventual investigação teria partido (ou deveria) a partir da empresa “responsável” por toda suposta publicidade da prefeitura. A agência de publicidade Única do Estado do Paraná. Outras informações confidenciais à época davam conta de que para justificar pagamentos fictícios, a Secretaria de Saúde aceitava notas possivelmente frias.

Essa informação não daria para precisar se a pasta na ocasião era administrada pelo ex-vice-prefeito Cesar Donadelli (PC do B) e ou também durante o período do atual secretário da Saúde, Antonio Brito (PT). Mas a verdade é que as tendas desta mesma empresa foram locadas possivelmente durante os oito (8) anos da Administração Waldemir. A propósito, a dona da empresa seria lotada na Secretaria de Saúde.

Durante a investigação do Ministério Público teria sido apurado que as empresas do Estado do Paraná que apareceriam como participantes da Licitação, sequer trabalhavam com aluguel de tendas. É possível que os nomes das empresas teriam sido apenas usados para dar caráter de legalidade ao processo de licitação.

E AGORA?

Diante de todo esse emaranhado de informações os funcionários da prefeitura, sejam eles ocupantes de cargo em comissão e ou concursados ficam literalmente numa “sinuca de bico”. Eles, em tese, poderiam eventualmente brecar a farra, mas como ficariam diante de uma Administração que o tempo todo se demonstrou à revelia da legislação.

Perseguições e tramas através de processos administrativos demitiam sumariamente todo e qualquer funcionário que tivesse a coragem de enfrentar a “tropa de elite”. O que será que esses integrantes da Comissão de Licitação irão falar? Na verdade, eles bem poderiam delatar de forma “premiada” todo esquema que envolvia sempre as mesmas pessoas integrantes do Núcleo Intimo da Administração (NIA).

Neste caso específico, Adriano Rigoldi e a mulher dele, Aracelis Gois Morales e ainda as Secretarias da Saúde, Educação e Administração, entre outras, além do próprio ex-chefe do Executivo tupãense, Waldemir Gonçalves Lopes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *