O ideal: e o ideal – ideal

Dirceu e Genoino pagam por Lula - manchete postada no site: www. novooeste.com tendo como fonte o Estadão
Dirceu e Genoino pagam por Lula – manchete postada no site: www. novoeste.com – fonte o Estadão

Vejam a diferença de um ideal de poder pelo poder e um ideal compromissado com a causa pública e desprovido de qualquer interesse individual e pessoal. Ideal do ex-líder Sul-Africano Nelson Mandela e o ideal da quadrilha do PT. Ideal nada mais é que aquilo que só existe na imaginação. Eu imagino alguma coisa e a coloco em pratica como meu ideal. Mas o meu ideal, nunca será o ideal de uma maioria.

O ideal – ideal é aquele em que todos comungam. Madiba como era chamado Nelson Mandela defendia um ideal que era utopia para negros e brancos em seu país. O país vivia uma dicotomia, entre os povos da nação, assim como o céu e o inferno. Mas, existia um líder natural que na solidão da prisão ao longo de quase trinta (30) anos, tinha como ideal libertar oprimidos e opressores. As duas partes eram reféns de uma situação que a levaria a uma guerra civil.

Já o ideal defendido pelos condenados do mensalão não é e nunca foi de interesse da maioria do seu povo, quando os mesmos chegaram ao poder. Eles têm méritos dentro do ideal que traçaram, sonharam e defenderam, mas nunca deixaram claro qual era esse ideal, além de falácias. Hoje, entre quatro paredes da prisão, o bando que era comandado pelo ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, não deixa dúvidas sobre seus ideais.

A forma como agem frente às câmeras da TV acenando com o punho esquerdo cerrado demonstra uma situação antagônica à realidade criada por eles mesmos na defesa de seus ideais. Nunca na história do país e na história petista havia qualquer ideal – ideal capaz de significar o interesse da maioria do povo brasileiro. Isso independe do fato de o partido ter chegado ao poder. Porém, há estreita relação entre o dizer “faça o que falo e não o que faço”.

Pois é, foi assim que o PT chegou ao poder, falando sobre o que os outros faziam, mas não necessariamente o que de fato pretendia fazer. Dentro desse contexto todo além do seu líder central, Luis Inácio Lula da Silva, existiam guerrilheiros como Dilma Rousseff, José Dirceu, José Genuino, entre outros Delúbios e, etc.

É como se toda essa gente fizesse parte de um grande Sindicato. O Sindicato Brasil. De outro lado o Sindicato do Povo. Nessa “boca de cena”, os sindicatos têm opiniões antagônicas – opostas. Um reivindica os direitos dos trabalhadores e outro as necessidades das empresas. É diferente esse ideal dos petistas quadrilheiros para o ideal de Mandela apesar de também usar o punho direito cerrado para acenar ao seu povo. A coincidência pára por aí. Madiba também usava a mão aberta para se dirigir aos Sul-Africanos e ao mundo.

(Foto: Alet van Huyssteen/Nelson Mandela Centre of Memory)
(Foto: Alet van Huyssteen/Nelson Mandela Centre of Memory)

Enquanto os petistas acusados de formação de quadrilha, corrupção, lavagem de dinheiro entre outros crimes, e, por incrível que pareça eles entendem como um ideal; Nelson Mandela tinha como ideal apenas libertar o povo da opressão e os opressores de seus ideais de supremacia.

Sem guerrilha (ainda que tivesse tido esse treinamento) Madiba não derramou nenhuma gota de sangue. Foi assim que impediu uma guerra civil e, uniu brancos e negros numa só nação. Usou sim o poder, apenas para poder de fato consumar seu ideal ao lado de seu antessessor com quem dividiu o premio Nobel da paz. Portanto, esse é um ideal que orgulha o mundo e nos faz acreditar que é possível existir paz entre os homens de boa vontade na terra.

Mas infelizmente para nós brasileiros, esse não é o ideal dos homens que chegaram ao poder. Por outro lado, ao contrário de Mandela que saiu da cadeia para colocar em pratica sua nobre virtude de liberdade; os mensaleiros voltaram às origens. Num circulo vicioso voltaram à cadeia. Ainda que um dia tivessem um ideal diferente do atual, jamais poderão ser vistos como heróis de um ideal vivido apenas no imaginário deles próprios. Na primeira oportunidade que tiveram nos roubaram. Literalmente esse ideal não é o ideal.

O colunista Rodrigo Constantino – “Análises de um liberal sem medo da polêmica“, trouxe em seu blog, uma análise sobre o significado do punho cerrado dos petistas e de outros líderes mundiais.

Os heróis do PT, José Dirceu e José Genoino, ao chegarem para dormir na prisão (não sei quanto ao leitor, mas eu dormi em minha própria casa), ergueram seus punhos cerrados. O ato, repleto de simbolismo, virou “meme” nas redes sociais. Várias imagens surgiram para interpretar o que aquilo queria dizer. “Seria uma referência a que, exatamente?”, pergunta o colunista da Veja.

 

 

Nelson Mandela morre aos 95 anos

Léo Rodrigues – Portal EBC

Morreu o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, segundo anunciou hoje (5), o presidente Jacob Zuma. Aos 95 anos, ele vinha enfrentando uma infecção pulmonar recorrente. No segundo semestre deste ano, Madiba, como era conhecido, ficou hospitalizado por três meses para tratar uma infecção pulmonar.

Líder da luta contra o “apartheid” na África do Sul, Nelson Mandela, 95 anos inspirou movimentos contra o racismo em todo o mundo. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1993 e foi o primeiro presidente negro do país, de 1994 a 1999. Era também carinhosamente chamado de Madiba, nome do clã a que pertencia.

(Foto: UN Photo/John Isaac) Mandela (centro) comemora independência da Namíbia, alcançada em 1990
(Foto: UN Photo/John Isaac)
Mandela (centro) comemora independência da Namíbia, alcançada em 1990

Biografia

Mandela nasceu no dia 18 de julho de 1918, em um pequeno vilarejo, e era membro de uma nobreza tribal. Seu nome original é Rolihlahla. Aos 7 anos, ele se tornou o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês Nelson.

Tornou-se estudante de direito na Universidade de Fort Hare, onde foi expulso por envolvimento em ações de boicote às políticas universitárias, organizadas pelo movimento estudantil. Nessa época, ele foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul.

Apartheid e prisão

Ainda como estudante de direito, Mandela começou a se envolver na oposição ao regime do apartheid. Naquela época, havia uma rígida legislação imposta pelos descendentes dos colonos holandeses, franceses e alemães, que negava direitos políticos e sociais aos negros e mestiços e à expressiva colônia de imigrantes indianos.

Em 1942, Mandela tornou-se membro do Congresso Nacional Africano (CNA), organização do movimento negro fundada em 1912. Era favorável apenas à organização de ações não violentas. Mudou de opinião após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Um ano após o episódio, ele decide ir ao Marrocos e à Etiópia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962, Mandela foi preso numa operação articulada entre a polícia sul-africana e a CIA, sendo condenado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Dois anos mais tarde, recebeu uma nova sentença: julgado por sabotagem e conspiração com países estrangeiros, foi condenado à prisão perpétua. A partir de então, teve início um movimento internacional em torno do tema “Libertem Nelson Mandela”.

Política

Mandela foi solto em 1990, quando o então presidente Frederik Willem de Klerk anunciou as primeiras medidas para pôr fim ao sistema do apartheid. Ele deixou a prisão aos 72 anos e, imediatamente, iniciou um movimento em favor de uma nova Constituição, que concedesse direitos políticos e sociais a toda a população, incluindo o direito de voto aos negros.

Devido aos avanços democráticos no país, De Klerk e Mandela receberam conjuntamente o Prêmio Nobel da Paz em 1993. Um ano mais tarde, entrou em vigor a nova Constituição provisória não-racial. Nas primeiras eleições multirraciais da África do Sul, Mandela foi candidato pelo CNA, que havia sido transformado em partido político, e foi eleito presidente no dia 27 de abril de 1994.

Exerceu seu mandato até 1999. Desde então, seu partido vem sendo vitorioso e se mantém no poder. Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública, mas continuaria com suas atividades na luta contra a Aids.

Direitos autorais: Creative Commons – CC BY 3.0

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