Com a única conta da Administração Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), reprovada pela Câmara de Tupã esta sendo possível constatar como não havia nenhuma preocupação com o dinheiro público. E como o desmando pode ter prejudicado as contas do município. Assim como desrespeitava a Constituição e deixou de aplicar os 25% do orçamento liquido na Educação, o ex-prefeito não tinha nenhuma vergonha em “rasgar” a Lei Orgânica do município.
O Ministério Público vai ter trabalho para investigar tanto desmando. Trinta e três (33) obras inacabadas, muitas com fortes indícios de irregularidades e possível desvio de milhares de reais. Quem lucrava com o desgoverno? Era assim que a ex-secretária de Turismo Aracelis Gois Morales assinava como arquiteta; o engenheiro José Roberto Rasi fingia que fazia a medição das obras e Jeane Rosin (Planejamento e Infraestrutura) deixava de lado o que era de sua atribuição – simplesmente para não se envolver em litígio.
Aracelis tinha carta branca na Administração Waldemir. Além disso, era mulher de Adriano Rogério Rigoldi que comandava com mão de ferro os interesses do prefeito. Ninguém queria confusão com o casal. Enquanto isso, as fraudes se avolumavam nas gavetas: em concursos públicos, licitações e uma enxurrada de notas frias e adulteradas em seus valores de origem. Pior que isso, prestadores de serviços com os quais o casal tinha afinidade começavam ganhar dinheiro antes mesmo das licitações chegarem ao conhecimento público.
Em relação aos contratos de nº 75/2010 – convite, a empresa contratada Glaucia Mara Ferra Balbino – ME e Luciana Dias Cajuca – ME, não se verifica junto ao processo nenhum documento que indique controle por parte da administração acerca da prestação de serviços. O Tribunal de Contas requisitou informações à Secretaria comandada por Rigoldi e ele explicou que as solicitações para as empresas prestarem serviços (aluguel de tendas e brinquedos) respectivamente eram verbais.
Mas, as irregularidades não paravam por aí. As planilhas só apresentadas após nova solicitação do Tribunal comprovaram que “as prestações de serviços por partes das empresas tiveram início no Carnaval de 2010, antes, portanto, de que as licitações tivessem sido lançadas ao público, denotando, o vicio dos procedimentos licitatórios e, portanto, das contratações afrontando aos princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade”, destacam os conselheiros do Tribunal de Contas.
Leia também:
Espaço das Artes: Justiça pode não encontrar nada no nome da ex-secretária de Turismo de Tupã-SP