Centenas de pessoas se comoveram com o drama que vive o “Carlão do Limão”. É possível que toda essa mobilização seja capaz de sensibilizar populares e autoridades. Independentemente disso, a vontade de auxiliar é percebida nas doações, sejam elas em dinheiro ou em prendas que serão utilizadas para promoções de ação entre amigos ou festival de prêmios. Será preciso arrecadar R$ 74 mil para submetê-lo a uma cirurgia ou viabilizá-la através de uma intervenção capaz de agilizar esse procedimento em alguma unidade hospitalar pública. Aliás, não está descartada essa possibilidade.
Aos 54 anos completados no dia 12 de setembro, Carlão passou a conviver com uma enfermidade diagnosticada como tetraparesia. O drama é ainda maior quando se constata que a doença o deixou na cama e, sem condições de fazer as tarefas por mais simples que sejam. A tetraparesia provoca dano aos nervos da coluna ou pressão nestes nervos pode causar fraqueza dos músculos dos braços, pernas e dores insuportáveis. Sem conseguir se locomover Carlão deixou de fazer o que mais gosta: trabalhar. Conviver com as pessoas.
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Sorriso estampado no rosto. Ele é a personificação da verdadeira superação. Quantas pessoas em perfeitas condições físicas se limitam a lastimar e blasfemar pela condição que enfrentam para desempenhar funções profissionais ou pessoais. Carlão não. A paralisia cerebral que o acometeu antes do nascimento não o impediu que buscasse o espaço que lhe é de direito dentro da sociedade. E é através dessa sociedade representada por entidades, clubes de serviços, associações, igrejas, comerciantes e empresários e o público em geral que buscamos a solidariedade através de doações. A tetraparesia tirou o sorriso do carismático Carlão. A paralisia cerebral nunca o impediu de trabalhar vendendo limão em seu triciclo elétrico.
