Moradores de Varpa restauram Cemitério da colônia

Fotos/Reprodução Guina Vitol
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Voluntários ajudam no embelezamento
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Alguns Moradores do distrito de Varpa, em Tupã-SP, estão restaurando o Cemitério por conta própria. Eles buscam doações de tintas e gramas e todos os sábados, trabalham na recuperação de túmulos e do próprio local, fundado em 1929, quando o povoado colonizado por imigrantes provenientes da Letônia vieram após o domínio da Revolução Russa, pois o regime bolchevista estava cerceando a liberdade de culto. Estabeleceram-se na margem direita do Rio do Peixe, a partir de novembro de 1922, fundando a colônia de Varpa e a Corporação Evangélica Palma (atual Fazenda Palma).

Na segunda metade da década de 1920 e durante a década de 1930, Varpa teve seu apogeu. A colônia era praticamente autônoma economicamente, produzindo tudo o que consumia. Contava então com mais de dois mil habitantes. O idioma falado era o letão, pois a educação era proveniente de professoras da própria comunidade. O português era ensinado precariamente na medida do possível. Apenas em 1934 o Estado Novo instalou ali uma escola primária oficial.Em fins de 1929, uma empresa fundou pouco mais a norte de Varpa a cidade de Tupã, no espigão divisor de águas entre o Rio do Peixe e o Rio Aguapeí, que posteriormente tornou-se distrito (1934) e então sede de município (Decreto Estadual nº 9.775/1938). Somente neste último ato é que Varpa adquiriu o status administrativo de distrito, vinculado ao município de Tupã.

Hoje, Varpa e a Fazenda Palma são as principais atrações turísticas do município de Tupã, que obteve do governo do estado de São Paulo o título de Estância Turística.

Muitos habitantes ainda preservam a cultura da Letônia. Além do comércio de produtos gastronômicos caseiros, da arquitetura típica e do ecoturismo da Fazenda Palma, Varpa apresenta ainda o Museu Janis Edbergs, com rica coleção catalogada e mantida por um colono desde os primórdios do povoado. O museu atualmente é mantido pelo Município.

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