Crise tutelar: presidente do Conselho é ameaçada após baile funk

Um dos conselheiros é acusado do crime e o alerta disparou no órgão de proteção das crianças e adolescentes.

Célio Odimar de Oliveira ao centro da foto de 2010, quando assumiu a presidência do Conselho e visitou o gabinete do então prefeito Waldemir ao lado de outros conselheiros
Célio Odimar de Oliveira ao centro da foto de 2010, quando assumiu a presidência do Conselho e visitou o gabinete do então prefeito Waldemir ao lado de outros conselheiros

Parece que o Conselho Tutelar de Tupã está vivenciando uma crise de identidade.  De protetor agora precisa de cuidados para impedir que a situação descambe para caminhos que podem colocar em xeque a importância desse órgão na defesa e proteção das crianças e adolescentes. A crise estabeleceu-se a partir do dia 28 de março, após aquela blitz da Polícia Militar em conjunto com uma das integrantes do órgão numa chácara que promovia um baile funk.

As ações que se seguiram foram protagonizadas pelos próprios integrantes do Conselho Tutelar e o caso foi parar na Polícia. O resultado de tudo isso, uma exoneração, mudança no estatuto, seguidas intrigas e revelações que derrubam o conceito de órgão que deveria zelar pelos direitos das crianças e adolescentes.

A conselheira acusada de suposta vaidade na condução dos trabalhos durante a ação que flagrou dezenas de adolescentes em situação de risco, em local onde havia o consumo de bebida alcóolica e droga, pediu exoneração e abriu queixa crime contra o Jota Neves. Já a presidente do Conselho Tutelar Daniela Félix Belone Lopes também procurou a Polícia para registrar ocorrência de averiguação de ameaça.

A CARTA AMEAÇADORA

A carta de ameaça foi entregue na casa da vítima acompanhada de uma cópia de reportagem do blog, sugerindo que a presidente tomasse cuidados nas suas ações em relação ao episódio envolvendo a ex-conselheira Samara Caroline Rodrigues. Os documentos teriam sido despachados por um motoqueiro. Ele foi identificado pelo sistema de monitoramento da residência e reconhecido como um mototaxista da cidade.

Daniela Belone sentiu-se ameaçada
Daniela Belone sentiu-se ameaçada

A DIG – Delegacia de Investigações Gerais interrogou o mototaxista que teria confessado que o serviço para a entrega da encomenda foi contratado pelo conselheiro Célio Odimar de Oliveira. Célio nega a autoria, mas teria admitido que pediu apenas para o motoqueiro entregar a reportagem do blog e não a carta de ameaça. Sentindo-se ameaçada a presidente Daniela Belone exigiu providência e teria feito representação contra o companheiro de Conselho. O motivo da ameaça ainda não foi esclarecido.

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