Até a Polícia ficou sob suspeita. A PM havia informado que na noite do incêndio uma funcionária relatou que num cofre afixado no solo existiam três (3) armas que eram utilizadas pelo pessoal que fazia a segurança no estabelecimento.
Um incêndio misterioso na noite do dia 27 de julho, na agência do Banco do Brasil 2, localizada na Rua Aimorés, foi registrado minutos após funcionários de uma empresa terceirizada terem deixado o local. A empresa realizava serviços de melhorias no estabelecimento bancário.
A primeira manchete do blog foi: incêndio destrói “armadilha” do BB em Tupã-SP. Armadilha é um artefato ou tática utilizada para prender, capturar ou causar algum dano a um ser ou alguma coisa. Armadilhas podem ser objetos, como gaiolas ou buracos e também podem ser metafóricas, na forma de dissimulação em um diálogo por exemplo.
A segunda matéria abordava que o Corpo de Bombeiros de Tupã negava ineficiência de equipamentos de combate a incêndio.
Além desses detalhes nebulosos, mas que enfim, não causaram maiores conseqüências, ainda que tivesse ocorrido a perda total do prédio (segurado), um detalhe intriga a investigação: o suposto sumiço das armas. Num título sugestivo o blog faz uma analogia da verdadeira armadilha que o estabelecimento significava com o desaparecimento de armas que eram usadas por seguranças. “Arma-dilha”.
Além dos peritos da Polícia Cientifica de Tupã, também estiveram no local do incêndio averiguando os escombros, peritos federais vindos de São Paulo. Os escombros prejudicam uma investigação mais profunda, mas nem por isso, seria impossível encontrar um cofre e as armas.
O local onde existiria o cofre e eventualmente onde estariam as armas estava num compartimento que o fogo não teria atingido. No dia seguinte ao incêndio, dia 28 (domingo) ou na segunda-feira (29) funcionários teriam sugerido a abertura do local para uma averiguação mais completa, mas “autoridades” acharam por bem não mexer. O curioso é que nas horas seguintes o local teria sido violado e as armas teriam desaparecido.
DINHEIRO
Um bancário aposentado revelou a reportagem do blog que é comum qualquer agência em Tupã possuir num cofre central cerca de R$ 100 mil e, dependendo da quantidade de caixas eletrônicos, mais uns R$ 100 mil. O dinheiro existente no cofre central do BB-2 não teria sido destruído pelo fogo por causa da espessura do cofre. Já os dos caixas eletrônicos também não, mas mesmo que isso tivesse acontecido, o banco não teria qualquer prejuízo. Todo dinheiro existente nesses caixas são terceirizados e segurados.
Já o suposto desaparecimento das armas implica em uma desconfiança mais intrigante que o próprio incêndio. A missão número 1 agora nem é saber as causas do fogo, mas o desaparecimento das armas. Quem, além de funcionários e possivelmente policiais teve acesso ao local? Existiam mesmo armas no local? Elas poderiam ter sumido antes e daí a origem do incêndio?
Todas essas são perguntas estão sem repostas. Mas, pelo histórico da Polícia de Tupã, nenhuma autoridade terá coragem de se manifestar sobre o assunto, principalmente sobre um caso que envolve órgão federal.
O FOGO
O incêndio começou pela parte dos fundos. Uma equipe de trabalhadores terceirizados que fazia a reforma interna do prédio tinha acabado de sair quando um pedestre, passando pela Aimorés, viu fumaça e avisou a polícia. Felizmente não houve vítimas.
Só agora, passado o susto, se chega à conclusão de que construções desse tipo não deveriam ser autorizadas a funcionar pelo perigo que representam em caso de incêndio. Apesar disso, segundo a Prefeitura o prédio tinha alvará de funcionamento e estaria dentro das normas exigidas pelo Corpo de Bombeiros.
Foram pelo menos duas horas de muito trabalho para conseguir controlar e extinguir o incêndio que destruiu totalmente a Agência do Banco do Brasil, antiga Nossa Caixa, localizada na Rua Aimorés, no centro de Tupã.