Esqueceu rapidamente de que o “futuro de Tupã está em nossas mãos”.
“Foram candidatos, não conseguiram voto para se eleger, e buscam querer criticar para querer se aparecer de outras maneiras”, disse o prefeito Caio Aoqui (PSD).
A declaração foi em recente entrevista, logo após tentar impedir que chegasse ao conhecimento público, que havia protocolado na Câmara um projeto de criação de cargos, dentro do pacote de reforma administrativa.
Ora, os não eleitos são maioria absoluta e também contribuíram para sua eleição em 2020, assim como colaboram com o desenvolvimento de Tupã.
Centenas e centenas de cidadãos já foram candidatos a vereador (a), a prefeito (a) e ou candidato a vice, e também não foram eleitos, mas são parte integrante da engrenagem que movimenta o processo.
A democracia é configurada exatamente por esse procedimento – dos eleitos e não eleitos, mas todos com direitos e deveres. Não há supremacia dos eleitos, como defende o chefe do executivo tupãense.
É como que se quisesse dizer: “Eu fui eleito, logo mando, e a você só cabe obedecer”. Tentar obstruir fatos que deveriam ser de domínio público, é um grande erro para quem depositou em “nossas mãos, o futuro de Tupã”.
Não há deslealdade ao “Senhor” do poder. Há lealdade ao poder que emana do povo. Não há sensacionalismo quando “os seus súditos” ateiam fogo em pneus e trancam as ruas para serem ouvidos.
Há deslealdade quando os “seus” reivindicam cargos e salários trancados em gabinetes, às vésperas de o “apagar das luzes de Natal”.
Não são seus amigos os que te cercam pelo poder. Estes te afagam. São verdadeiros, os que independentemente de sua condição de mandatário, lhe puxam a orelha, como se ainda fosse aquele menino que sonhava em ser político.
O errado é errado, mesmo quando todos estão fazendo. O certo é certo, mesmo quando ninguém o faz. A lealdade é sensacional e não tem nenhum elo eleitoral!
