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Espaço das Artes: Justiça pode não encontrar nada no nome da ex-secretária de Turismo de Tupã-SP

Os bens dos ex-secretários podem estar em nomes de terceiros. Outros eventuais empreendimentos do casal foram frustrados pelas denúncias feitas pelo blog.  Por outro lado, quando a Justiça determina bloqueio de bens, é possível comprová-los. Além da histórica CPI instalada para investigar uma administração, nunca se soube de decisão como essa que torna indisponíveis bens de ex-secretários. 

Poste da EEVP instalado numa chácara que supostamente pertenceria à família Rigoldi
Poste da EEVP instalado numa chácara que supostamente pertenceria à família Rigoldi

Os ex-secretários da Administração Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), de Cultura e Turismo, Aracelis Gois Morales (PSD) e o marido dela, Adriano Rogério Rigoldi (PSDB) podem não possuir nenhum bem patrimonial no nome deles. Assim, a Justiça que determinou o bloqueio de eventuais bens do casal, pode não encontrar nada.

A possibilidade não está descartada levando em consideração as reportagens do blog e de eventuais testemunhas que garantem a inexistência de qualquer imóvel em nome desses dois integrantes do NIA (Núcleo Íntimo da Administração) Waldemir. Aliás, esse método de não possuir nenhum outro bem declarado em seu nome também seria a tática do “mestre”. A forma de garantir o bloqueio seria uma investigação mais ampla, até para apurar outros possíveis delitos, como por exemplo, enriquecimento ilícito.

Aracelis Morales adiantou há cerca de dois anos à reportagem do blog que existiria herança. É possível. Com a herança o casal que já era visto juntos na feira comendo pastel no domingo seguinte ao casamento dela com outro, uma chácara que pertencia ao tio dela. À época, comenta-se que teria custado R$ 250 mil. Nessa propriedade foi investido no mínimo outros R$ 350 mil, em melhorias na área de jardins, parque, campo de futebol, piscina e no próprio imóvel.

Material de primeira linha. Curiosamente o serviço foi executado pela empreiteira Bardelin LTDA. A mesma que aparece como pivô do rolo do Espaço das Artes. Envolvida diretamente a ex-secretária Aracelis. Um informante do blog que visitou a mansão dos Rigoldi garantiu que o luxo é a marca registrada. O banheiro possui até TV de Led de mais de 40 polegadas. Do piso ao teto, material de primeira qualidade. Hoje o patrimônio custaria perto de R$ 1,5 milhão.

Para os ex-funcionários da Bardelin, o casal comentava que a reforma principal teria custado R$ 200 mil e que seriam pagos em quatro parcelas de R$ 50 mil. Na mesma época a empreiteira “recebia” da Prefeitura sem prestar os devidos serviços na construção do Espaço das Artes. Entre o prédio ligado à cultura e a Praça de Uso Múltiplo (PUM) anexo ao Estádio Alonso Carvalho Braga, cerca de R$ 1,2 milhão seriam investidos, mas ao longo do tempo o valor saltou para R$ 2 milhões e ambas estão paradas. A empreiteira entregou as obras e teria falido com o fim do mandato do prefeito Waldemir.

OUTROS POSSÍVEIS BENS

Ao longo dos oito anos da administração Waldemir o casal teria investido bem o dinheiro arrecadado supostamente com seus salários de R$ 4,5 mil brutos cada um. Descontando os impostos sobrariam pouco mais de R$ 3,5 mil para cada um. Com esse montante mensal o casal teria somando apenas R$ 336 mil ao final de duas gestões (8) anos. Para isso, não poderiam comer, beber, vestir, passear, ir ao médico, comprar carro, combustível, absolutamente nada para poupar o referido valor. Portanto, impossível ter adquirido ainda uma casa no valor de R$ 220 mil que pertenceu ao ex-marido da secretária. O imóvel aparece em nome de quem?

A chácara localizada na estrada São Gonçalo, de acordo com uma testemunha, apareceria e pertenceria a quem? A própria lotérica nos altos da Rua Marília, que para efeitos legais pertenceria à mãe da ex-secretária. O blog denunciou que o negócio foi fechado por Adriano Rigoldi por mais de R$ 300 mil. Somados ao investimento de reforma do prédio, implantação de equipamentos para fazê-la funcionar, entre outros, o negócio hoje seria avaliado no mínimo em R$ 500 mil.

Além do que se tem conhecimento, ainda hoje (16) um informante garantiu que a ex-secretária também possuiria uma empresa no ramo de segurança patrimonial em nome de terceiros, numa cidade da região Noroeste do Estado. Por lá também teria apartamento? Outros investimentos ficaram pelo meio do caminho, como por exemplo, a tentativa de abrir empresa no ramo de inspeção veicular, um conjunto de apartamentos para o setor turístico no Distrito de Varpa, em parceria com um empresário do segmento de eventos, entre outros empreendimentos frustrados pelas denúncias do blog.

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