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LARANJA: “Ela era a minha patroa”, sobre Amanda Berti

O motorista usado através de uma conta bancária, era cozinheiro na casa da ex-diretora da Saúde e teria presenciado o recebimento de vultuosas quantias de dinheiro.

População de Bastos está perplexa com os desdobramentos do caso

“Eu fazia o que ela mandava”, disse o motorista contratado pela ex-diretora geral da Saúde, Amanda Ramos Berti Guilhen Calvo.

A frase consta do depoimento do funcionário que deveria ser apenas o motorista de uma equipe montada para auxiliar no atendimento da UTI do hospital de Bastos.

Além dele, o município, através de Amanda Berti contratou uma coordenadora para a UTI-Covid, 2 enfermeiros, 3 técnicos em enfermagem e 1 único médico para plantão de 12 horas.

Foi a ex-diretora da UTI que também em depoimento revelou sobre os três respiradores ineficientes à vida humana, adquiridos no Rio de Janeiro ao custo de R$ 240 mil. Saiba mais: SEM RESPIRAR: Bastos comprou respiradores ineficientes para vítimas de Covid

O prefeito Manoel Rosa (MDB) se mantém calado, como se não tivesse responsabilidade na ação da ex-diretora

Assim como ela era subordinada a Amanda Berti, também o “motorista” da equipe. O contratado é aquele que emprestou o nome para abertura de uma conta no banco Santander – movimentada pela acusada.

Além de confessar que só foi contratado possivelmente nesta condição, a testemunha já havia trabalhado em campanhas políticas com Amanda Berti e exercia múltiplas funções, a pedido da “patroa”: mecânica, marceneiro e até cozinheiro.

Não está claro se os referidos serviços eram para o município ou especificamente atendendo pedidos pessoais da ex-diretora.

– Ela era minha patroa. Eu fazia o que ela mandava!

E foi como um “faz tudo”, que o “laranja” não só emprestou seu nome para ser usado para recebimento de propinas que atingiram o valor de R$ 100 mil, segundo o Ministério Público, bem como, se prestava ao serviço de cozinhar na casa de Amanda Berti.

Com essa relação de intimidade doméstica é que a testemunha afirmou de que a ex-diretora também recebia vultuosas quantias de dinheiro em sua própria casa.

Não foi especificado valores, mas dá a entender também de que não foi uma única vez que teria presenciado tal movimentação.

Não está claro se o motorista era convocado para cozinhar na recepção desses emissários ou em confraternização entre amigos e familiares de Amanda Berti.

Mas independentemente dessa questão, o blog apurou em Bastos de que a ex-diretora bancava reuniões de amigos em confraternizações.

O depoimento do motorista e da ex-diretora da UTI são alguns dos principais dessa investigação iniciada pelo Judiciário de Bastos e agora, nas mãos da Justiça Federal.

PALAVRA DE AMANDA

Amanda ameaça processar quem divulgar inverdades

– Tudo que esse cidadão disse Jota são inverdades, não confirmo nada do que ele falou, com quem apurou que eu bancava festas também mentiu pra você. Não tenha dúvidas que meus advogados estão trabalhando para que a verdade apareça e a justiça seja feita. Quando tudo for esclarecido perante a justiça, quem mentiu ou veiculou algo mentiroso será responsabilizado, disse Amanda Berti, neste sábado (11), ao ser questionada sobre o depoimento das testemunhas.

Para a Comissão Especial de Inquérito (CEI), esse foi o “maior esquema de desvio de dinheiro público, em Bastos”, perpetrado pela prefeitura, Amanda Berti, Associação Beneficente (hospital) e a Arrabal Serviços Médicos LTDA, de Umuarama (PR). Leia: CORRUPÇÃO: CEI “amarra” esquema de desvio ao prefeito de Bastos

A suspeita inicial é a de que pode ter sido desviado dos cofres públicos R$ 1,1 milhão, considerando que a Arrabal faturou cerca de R$ 1 milhão, Amanda Berti teria movimentado R$ 100 mil na conta bancária de um “laranja” e seu cunhado, Renato Alves Nunes recebeu R$ 9.500,00, por cursos ministrados por web conferência.

De acordo com testemunhas, esses cursos não foram ministrados, e rumores davam conta de que Renato Alves teria emprestado o nome para Amanda Berti adquirir um apartamento em Camboriú (SC).

Renato Alves (PV), casado com a irmã de Amanda Berti se mudou para a cidade catarinense, após a disputa das eleições municipais em Tupã, como vice-prefeito na chapa do pastor Bruno Marquezi (PODEMOS).

Leia também: EXPURGO AVÍCOLA: ex-vereador “Brancão” foi o alvo da Federal em Bastos

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