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Oposição aleatória foi incapaz de ameaçar Caio Aoqui

A falta de posicionamento político dos principais candidatos de oposição ao prefeito Caio Aoqui (PSD), foi o principal motivo que levou ao revés eleitoral o pastor Bruno Marquezi (PODE) e Cesar Donadelli (PSL).

Bruno Marquezi

O primeiro aspecto de posicionamento que deve ser observado num candidato é sobre o tamanho de sua interação com a sua sociedade. Ele foi um sujeito participativo, interessado nos assuntos de sua comunidade, ou sempre viveu alheio a tudo e a todos e, de repente, motivado por apoiadores resolveu se candidatar? Mesmo em situação diferente é preciso muito mais que impulso.

Donadelli, por exemplo, tem participação efetiva na comunidade além de seu ciclo pessoal e profissional. Afinal, foi por duas vezes vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, diretor de um hospital e presidente de uma cooperativa médica, mesmo assim amargou o terceiro lugar nestas eleições, quando analistas políticos viam o candidato como o principal adversário de Caio.

Donadelli mais uma vez errou na concepção de sua pré-candidatura, o que já não lhe permitia nenhum posicionamento político capaz de fazer frente sequer ao segundo colocado no pleito, o pastor Bruno. Por isso, obteve um pouco mais da metade dos votos de seu concorrente – 2.700, contra 4.868.

Para fazer mais um comparativo, os votos do ex-secretário de Saúde nestas eleições ficaram abaixo dos votos de sua esposa, em 2012, quando Lucilia Donadelli conseguiu 2.804 votos. Porém, neste ano, viabilizou apenas 359 votos. Lembrando que, em 2014, como candidato a deputado estadual pelo PC do B, Dr. Cesar atingiu 9.975 votos.

Posicionar-se num prazo de apenas 6 anos, como sendo de extrema esquerda e de extrema direita, a partir de 2018, quando o eleitor “despertou” para o tema, foi outra situação considerada negativa neste processo.

POSICIONAMENTO

Cesar Donadelli

Se o pastor Bruno como desconhecido optou por se posicionar criticando o atual governo, Donadelli preferiu equivocadamente se colocar na condição de “Salvador da Pátria” pós pandemia, mesmo sabendo que o vírus continua fazendo vítimas e, ainda estamos longe desse período.

Nesta condição, se houvesse necessidade de resposta era simples: Donadelli deixou a Secretaria da Saúde em plena pandemia para se candidatar a prefeito contra aquele que o levou para o comando da pasta. Aos olhos do eleitor é preferível acreditar em quem enfrentou o problema.

Já o pastor Bruno parecia ter descoberto a roda. Suas propostas de governo eram mais daquilo que todos os candidatos apresentam, mas para fazê-las é preciso no mínimo ter conhecimento sobre o que já foi feito pelos prefeitos anteriores e o que está sendo promovido. Ou seja, ele não só era um desconhecido do público alvo, bem como não possuía conhecimento sobre o histórico do município.

VOCAÇÃO

Caio Aoqui

Por outro lado, os dois opositores tinham como adversário um jovem vocacionado para a política desde criança. Aí surgiu o enredo para o seu posicionamento, considerando os seus feitos frente a epidemia de dengue, a pandemia de coronavírus e sua atitude para resolver problemas como a de pavimentação das ruas da cidade, ainda que através de empréstimo ou financiamento para trocar a frota da prefeitura, entre outros.

Portanto, a estratégia de comunicação de Caio Aoqui foi desenvolvida a partir de um tripé   posicionamento/realizações/imagem.

O posicionamento de campanha não foi feito apenas no fato de Caio Aoqui ser jovem, mas sobretudo, mostrando ao eleitor de que a ação política não tem idade. Tem atitude. A população aceitou a proposta e a ratificou através dos 22.491 votos válidos – a maior votação da história política de Tupã.

Aliado ao posicionamento de ação administrativa e político eficazes, a narrativa de campanha abordou também o lado sentimental de um menino que brincou e estudou política. Teve participação voluntária em Clubes de Serviços, foi líder estudantil, iniciou sua trajetória política como vereador mirim, chegou ao Legislativo aos 21 anos, aos 26 foi vice-prefeito e aos 28 chegou ao Executivo, após a cassação de José Ricardo Raymundo (PV).

Esta abordagem era para comprovar que Caio estava longe de ser um político de carreira, mas de fato, a realização de um sonho de uma criança que queria ser político, e se tornou prefeito da maior cidade da Alta Paulista. A Prefeitura não caiu no colo de Caio. Ele estava lá, quando a oportunidade surgiu, assim como em todas outras que antecederam.

Mas essa responsabilidade de governança de uma cidade não pode ser apenas de um prefeito ou de seus 15 vereadores, como no caso de Tupã. É preciso considerar o enredo da campanha vitoriosa – “O futuro de Tupã, tá nas nossas mãos”!

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