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Ouvidoria do Poupatempo ainda não explicou sobre veículo apreendido em Bastos

Nono Batalhão da PM, em Marília, também não comentou sobre legalidade da apreensão. Ouça texto

Os serviços do Detran são disponibilizados pelo Poupatempo

Há mais de um mês a reportagem aguarda manifestação da Ouvidoria do Poupatempo sobre a ocorrência envolvendo um automóvel marca VW, modelo Voyage, apreendido pela Polícia Militar de Bastos (SP), e liberado pelo Detran, mesmo apresentando as irregularidades apontadas pela PM.

Regularizado veículo apreendido e liberado pelo Poupatempo de Bastos

Por conta da demora foi ratificada a denúncia sob o protocolo 20-100-2023-03/03.292 registrado inicialmente no Fale Conosco e refeita à Ouvidoria do Poupatempo.

“O Sistema de Manifestações do Cidadão – SGMC registrou com sucesso o protocolo de número 07-010-2023-04/00.233 em 21/04/2023 na Ouvidoria do Poupatempo”, reafirmou o órgão.

SUSPEITAS

As suspeitas são de “ordem oculta” para a liberação do veículo, conforme revelou o blog. As informações sobre o apontamento de irregularidades constam do BO – Boletim de Ocorrência eletrônico disponibilizado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Veículo irregular de Bastos foi liberado duas vezes pelo Detran/Poupatempo

Além do registro do TO – Talão de Ocorrência da PM de Bastos, nas duas apreensões, as informações foram confirmadas por delegados da Polícia Civil.

Abaixo também é possível verificar o último contato feito pelo 9º Batalhão da PM, com sede em Marília, solicitando outras informações sobre o fato, entretanto, até o momento, nenhuma informação oficial sobre a legalidade das apreensões em datas diferentes.

Em Sáb, Mar 25, 2023 às 17:33, imprensapm <imprensapm@policiamilitar.sp.gov.br> escreveu:

Prezado, boa tarde!

“Verificamos que possivelmente esteja faltando informações em vossa solicitação. Solicitamos que nos envie as datas relacionadas aos fatos descritos em sua demanda”, cobrou a corporação.

O objetivo do questionamento é saber se a PM de Bastos se equivocou nas apreensões do veículo ao afirmar sobre as supostas irregularidades.

AUDIÊNCIA

Na tarde do dia 17 de março, após uma série de denúncias sobre irregularidades que atingem a administração do prefeito Manoel Rosa (MDB), a reportagem do blog foi recebida no Palácio 18 de Junho, em Bastos.

Na ocasião, o chefe do Executivo bastense negou que tivesse recebido de sua assessoria informações sobre as tentativas anteriores de contato, mas também não fez referência nenhuma aos fatos.

As reportagens abordaram sobre o suposto desvio de recursos de combate à Covid-19, e até de tráfico de drogas praticado por funcionários públicos, com o uso de viaturas oficiais da Prefeitura.

BASTOS: droga da “saúde” era comprada com dinheiro da Covid-19

Os casos teriam sido descobertos após denúncia feita pelo motorista indicado pela ex-secretária de Saúde, Amanda Berti para atuar junto à empresa paranaense Arrabal Serviços Médicos que prestava serviços ao Hospital de Bastos.

ARRABAL: Empresa que atuou em Bastos foi investigada pelo GAECO no Paraná

O fato agora está nas mãos da Justiça Federal, mas houve desdobramentos: no celular apreendido pertencente a ex-secretária existiam eventuais provas de que estava sendo praticado o tráfico de entorpecentes dentro das repartições públicas municipais.

A droga trazida de Marília e Pompéia, através do motorista era adquirida possivelmente com recursos que deveriam ser usados especificamente no combate à pandemia de coronavírus, conforme apurou a DISE – Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Tupã.

Veículos da Prefeitura de Bastos eram usados para o tráfico de drogas

O caso está na Justiça local. Audiência de instrução e julgamento já foi realizada em 21 de março, e a sentença absolvendo ou condenado os acusados pode ser proferida a qualquer momento.

VEÍCULO

Agora, sobre esse episódio do veículo irregular, o prefeito Manoel Rosa acredita que o objetivo é de também atingi-lo politicamente.

“Por conta disso, pessoas próximas estão sofrendo as consequências”, afirmou ele, sem dar detalhes do relacionamento que o aproxima dessas pessoas.

O que há em comum, entre todas elas, é que são ou eram funcionários (as) públicos e que ocupam e ou ocupavam cargos de confiança da administração municipal.

O blog ratifica que em todos os casos aqui reportados são de interesse público, envolvem pessoas, dinheiro e repartições públicas.

“Portanto, são públicos o interesse tanto quanto o fato de um padre que revela o que lhe foi confiado e ou de um juiz viciado no carteado”, diz o editor.

O homem público, tem vida pública “e pode ser mostrado ao público o tempo todo, naquilo que for de seu papel público”, aponta frase de texto publicado pelo professor e desembargador Rizzatto Nunes, em https://www.migalhas.com.br/coluna/abc-do-cdc/328425/intimidade–vida-privada-e-vida-publica—parte-2

Leia também: Drogas e política. A bem da verdade

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