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Prefeito Caio Aoqui evita criminalizar atos terroristas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Flagrado participando de protestos antidemocráticos, Caio Aoqui minimizou a destruição com intenções golpistas.

O prefeito de Tupã (SP), Caio Aoqui (PSD) minimizou os atentados praticados por bolsonaristas radicais contra a ordem e o Estado Democrático de Direito, com invasão, depredação aos prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede do Executivo, conforme o blog antecipou.

Seguidores do ex-presidente Bolsonaro prometem “invadir” Brasília

Até o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da infraestrutura do governo Bolsonaro foi contundente: “Para que o Brasil possa caminhar, o debate deve ser o de ideias e a oposição deve ser responsável, apontando direções. Manifestações perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos. Não admitiremos isso em SP!”, finalizou o correligionário do ex-presidente.

A Praça dos Três Poderes em Brasília foi vilipendiada com a conivência da gestão de segurança pública do Distrito Federal (DF), sob intervenção decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A palavra “intolerância” usada pelo prefeito nos remete às divergências culturais dentro de um país pela dificuldade dos indivíduos de conviverem e habitarem um mesmo espaço, e que não permitem a imposição de culturas externas dentro de seu país por parte daqueles que são imigrantes.

Ainda que a intolerância possa levar à violência, os atos terroristas perpetrados na capital federal, na tarde de domingo (8) estão descritos sob a análise da psicanalista Edelyn Schweidson – Doutora em Psicologia Clínica – New School for Social Research – New York – Membro dos Amigos Brasileiros do Paz Agora.

Segundo ela, considera-se como atos terroristas ataques contra grupos e pessoas indefesas, visando eliminá-las ou, pelo menos, imobilizá-las através da ubiquidade do medo (Lafer, 2006), ameaçadas que estão por uma calamidade semelhante a um desastre natural imprevisível.

– Estes atos de violência são frequentemente dirigidos contra pessoas e grupos considerados inimigos, impuros ou infiéis, por não pertencerem à mesma hoste, a mesma hipotética coletividade homogênea, embora atinjam duramente e ao acaso, outros indivíduos.

Por exemplo, as pessoas que se encontravam nas torres em Nova York não haviam sido escolhidas como alvo; encontravam-se presentes na geografia escolhida pelos terroristas e foram desconsideradas por eles, embora possamos imaginar que, no cálculo macabro dos executantes, o número de mortos contasse para a espetaculosidade do ato. Muitos atos terroristas têm como objetivo assassinato em massa, através dos quais apaga-se a individualidade das vítimas, ao serem impedidos os rituais do luto, que inscreveriam simbolicamente as perdas. Assim, tais atos atacam a criação dos traços memoriais e dão início ao negacionismo, que repudia cinicamente o fato da ocorrência dos genocídios.

Além da paixão perversa pelo poder, na origem do terrorismo também se encontra a aquiescência dos que são assujeitados ao poder perverso e às suas mentiras totalitárias, que visam impedir o pensamento crítico e que doutrinam contra grupos e pessoas a eliminar. Dito de outra forma, no outro pólo originário da violência terrorista, encontra-se a entrega masoquista e a cumplicidade dos que não levantam suas vozes contra crimes cometidos (da mesma forma que no a posteriori há os que se recusam a testemunhar pelas vítimas, nutrindo com sua omissão o esquecimento forçado pelo poder).

Portanto, não podia esperar outro posicionamento do prefeito que não fosse esse, fugindo da expressão terrorismo pela cumplicidade que sempre demonstrou com esses grupos que interditaram e atearam fogo à rodovia, e sob suspeita de ter fornecido alimento ao acampamento em frente ao quartel. O chefe do Executivo negou.

Leia mais: Prisão de Klio Hirano ascendeu alerta no gabinete do prefeito

Qual seria a classificação para atos semelhantes na Praça dos Dois Poderes em Tupã, caso ocorresse invasão, depredação, roubo, e tentativa de tirá-lo do poder, como aconteceu com o ex-prefeito José Ricardo Raymundo (PV).

Por mais que o chame de golpe, houve um procedimento político e reconhecido pelo judiciário como legal, e não antidemocrático, como insiste uma minoria de apoiadores de Bolsonaro, com a conivência de autoridades, como as que não criminalizam atos visivelmente terroristas.

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Uma resposta

  1. Obviamente que Caio Aoqui não criminaliza os atos antidemocraticos em Brasilia. Foi conivente o tempo todo com os terroristas tupãenses em frente ao TG-Tupã. Há fortes indicios de que além da concordância legal, tenha sido um dos colaboradores para que pudessem ali permanecer. Não podemos nos esquecer de ele esteve presente no fechamento da nossa rodovia, segurando a Bandeira Nacional, todo sorridente e apoiando o golpe da intervenção militar, aasim como o vereador Paulo Henrique. Apequenou-se na política e como político.

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