A terceirização do serviço que terá novo contrato vai prever multa direta para a empresa que não coletar o lixo na porta do cidadão.
A nova licitação também pretende reduzir quase pela metade o valor mensal pago à empreiteira que se aproxima de R$ 300 mil.
A Prefeitura de Tupã deve publicar em breve o novo edital de licitação para contratação de empresa para realizar a coleta de lixo orgânico. É que o contrato com a empreiteira de Ribeirão Preto Leão & Leão assinado em abril de 2010 vence no próximo dia 30 de setembro. É possível que ainda por mais um mês e empresa continue fazendo os serviços através de prorrogação de contrato.
A vencedora da próxima licitação terá pela frente um contrato mais exigente. A reportagem do blog apurou que um dos objetivos do processo será reduzir em cerca de 40% o valor do contrato.
O ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) que foi benevolente com a empreiteira que financiou sua campanha de reeleição permitia um faturamento mensal à empresa da ordem de até R$ 290 mil/mês. Hoje, o último pagamento feito à empreiteira referente ao mês de julho custou somente R$ 200 mil.
A empresa que foi pivô de desentendimento entre os ex-secretários Adriano Rigoldi (Governo) e Walter Bonaldo Filho (Administração) foi alvo de centenas de reclamações dos tupãenses em 2012. Assim como as demais empresas que nunca foram notificadas para concluir as 31 obras irregulares no município, a Leão também nunca foi cobrada pela ex-administração e, além disso, foi beneficiada com a prorrogação de contrato no apagar das luzes do mandato de Waldemir.
Aliás, essa foi mais uma empresa que “faliu” com o fim do mandato Waldemir. Os novos donos foram notificados pela Secretaria de Meio Ambiente e a coleta melhorou, mas ainda assim, surgem reclamações pontuais.
Além da coleta do lixo orgânico a empresa tinha que cumprir a operação do aterro, varrição, capinação, pintura e manter uma equipe de apoio à Prefeitura. No novo contrato, a vencedora da licitação cumprirá essas exigências e outras que já constarão do contrato como: proibido deixar lixo amontoado nas esquinas. Se isso acontecer à empresa será automaticamente multada. Os veículos devem ser novos. O aterro deverá ser mantido em condições para receber nota mínima nove (9) por parte da CETESB.
Em maio de 2010, a Leão apresentava à imprensa tupãense a frota que deveria ser mantida até os dias atuais. Em 2012, o blog denunciou que o lixo não era coletado porque os três veículos da frota eram velhos e estavam parados numa oficina de Tupã. Inicialmente eram 50 funcionários. Alguns eram funcionários da Prefeitura, que optaram pelo afastamento de seus cargos, por até dois anos, o que é previsto no estatuto dos servidores.
A empresa apresentava três caminhões coletores, uma pá carregadeira, um ônibus e uma esteira. A sede operacional da Leão & Leão era no aterro sanitário. Já o escritório central ficaria num imóvel alugado na Avenida Tapuias.
Por último os funcionários chegaram a fazer greve por falta de pagamento e, ao invés de homens, mulheres corriam atrás de uma perua Kombi e uma camionete Pampa, veículos utilizados na coleta de lixo em Tupã.
O que parecia ser bom para o município no início de contrato, foi bom apenas para a empresa que o tempo todo descumpriu o contrato e espetacular para o bolso de alguns integrantes da administração Waldemir Gonçalves Lopes. O suposto mensalão provocou racha no secretariado e essa o ex-secretário de Governo, Adriano Rigoldi também venceu.
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