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Renúncia – Parte II: Gaspar adiou por 24 horas o anúncio de sua saída

Na contramão da decisão que deverá tomar, Gaspar resolveu criar uma agenda positiva, mas o seu governo é a própria expressão da negação.

A notícia divulgada ontem (9) sobre a possível renúncia do prefeito Manoel Gaspar (PMDB) repercutiu como uma “bomba” nos meios sociais, empresarias e políticos de Tupã. A decisão de renunciar, tido como certa para o chefe do Executivo, agora ganha proporções de irrevogável e de acordo entre as partes (Gaspar e Thiago). É só uma questão de tempo. 24 horas. Parece roteiro de seriado americano.

Abatido politicamente, com a saúde precária e com a taxa de imunidade física menor que o prestígio atual do governo Dilma, Gaspar não esconde de ninguém que necessita renunciar para poder tratar de sua saúde. Porém, o que era tido como certo para ser anunciado nesta quarta-feira, somente deverá ser feito nas próximas horas, pois o prefeito sofreu volumosa pressão de seus familiares e principalmente de seu “mentor” político, Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP).

DOSE DUPLA

Na verdade, a pressão para não renunciar foi em dose dupla, assim como o medo também é duplo e atende pelos nomes de Thiago Santos (PSB) e Valter Moreno Panhossi (DEM). Isso porque de um lado, o seu irmão “Toninho” Gaspar, que recentemente perdeu o controle político sobre do DEM para Valter Moreno, não acredita mais no atual presidente do Legislativo, inimigo político hoje declarado de “Ribeirão” e, consequentemente, do próprio governo Gaspar.

Por outro lado, o prefeito sofreu pressão também por parte de seu filho Gustavo Gaspar (PMDB) e do próprio “Ribeirão”, ambos com medo das consequências das medidas que um literalmente um “novo governo” comandado pelo jovem Thiago Santos poderia trazer para os interesses e ações governamentais já praticadas pela dupla até então no governo de Gaspar.

SAÚDE X POLÍTICA

Mas até quando a saúde debilitada de uma pessoa, que necessita de paz para voltar a ficar “feliz e contente”, é mais importante que a continuidade de um governo comprado a uma “vaca” que não deu e não dará leite. Ainda assim, há quem queira abocanhar a falida “teta”, apenas para atender as suas necessidades políticas e luxúrias? Para essa pergunta não existiria resposta nem sequer lá no Posto Ipiranga.

Gustavo Gaspar provou mais uma vez que pensa somente em si próprio e numa possível candidatura à sucessão do pai, o que daria a ele mais condições de elegibilidade tendo consigo um apoio de um prefeito e de um partido (PMDB) que está prestes a ter o controle total (Senado, Câmara e Planalto) em Brasília.

MADRINHA

O prefeito sofreu uma pressão ainda maior dos secretários que podem ficar desempregados e, por consequência, ao relento político-partidário. Aliás, a maior preocupação do governo Gaspar nesse sentido seria a situação pós-renúncia da “madrinha”, a qual na sala de reuniões do gabinete do prefeito, na manhã de ontem, repudiou a atitude de Gaspar de abrir diálogo a um governo de transição com Thiago Santos.

Proferiu ofensas ao atual vice-prefeito, o qual não seria mais da confiança do governo liderado pelo seu padrinho “Ribeirão”.

A pergunta é: Manoel Gaspar enfrentará seus “amigos” e possíveis familiares pensando em sua saúde e renunciará ou vai abrir mão também de sua saúde, assim como o fez em seu atual governo deixando-o nas mãos de terceiros?

Seu filho, irmão e Ribeirão forçam para que Gaspar troque uma possível renúncia por um pedido apenas de afastamento do cargo por 90 dias. De uma coisa a população pode ter certeza: se Gaspar optar por tratar de sua saúde, na verdade, também estará tratando da saúde da própria cidade, que precisa ser curada dos efeitos desse tumor político maligno que se apossou do Paço Municipal.

É como diz aquele ditado da expressão da língua portuguesa a “Inês é morta” – “não adianta mais”. Hoje em dia a frase é usada para expressar a inutilidade de certas ações, ou seja, se a decisão for mesmo a de priorizar a sua saúde, politicamente para o governo Gaspar não restaria outro cenário senão aquele outro popular ditado: “se correr o bicho pega (RENÚNCIA) e se ficar o bicho come (90 DIAS DE AFASTAMENTO).”

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