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Tráfico “oficial” em Bastos acontecia em plena pandemia

O período dos crimes, entre junho a outubro de 2020, os bastenses já estavam sufocados pelo coronavírus.

O CROSS – Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde já era acionado para socorrer vítimas sufocadas por problemas respiratórios ocasionados pela Covid-19.

A Santa Casa de Tupã (SP) mantinha leitos cheios de vítimas da doença. Durante o pico da doença, manteve em sua enfermaria e UTIs, dezenas de bastenses em situação de risco de morte.

No final de outubro, de 2020, enquanto o prefeito estava em campanha pela reeleição, cometia o sétimo pecado capital de um político – não perceber o que acontece em seu governo.

Naquele momento, o município contava com 4 mortes por coronavírus, quase 500 pessoas informando sobre a doença, 211 casos eram confirmados, 32 suspeitos, e outras 50 vítimas ainda transmitindo a doença, segundo a página oficial de Manoel Rosa no Facebook.

A Prefeitura de Bastos, através do hospital Beneficente implantou leitos de UTI-Covid, montou equipe de trabalho, contratou uma empresa especializada – Arrabal Serviços Médicos e comprou até três respiradores para oxigenar os pulmões dos doentes. Leia mais – SEM RESPIRAR: Bastos comprou respiradores ineficientes para vítimas de Covid

Mas, concomitantemente, o Judiciário desbaratou um esquema simultâneo de corrupção, desvio de dinheiro público e tráfico de drogas.

A associação para o tráfico envolve duas pessoas que foram funcionárias da área da saúde (uma delas, contratada por terceiros, por indicação da administração) e, uma terceira pessoa, ainda estaria lotada como funcionária pública, ao contrário do que informou a Prefeitura.

De acordo com o Departamento Jurídico, “a administração não vai se manifestar sobre processo criminal envolvendo ex-servidores, cuja a administração não é parte integrante da ação”. Ora, como não?!

“SHOW” DE OMISSÃO

Leia também: VEM, SAFADÃO! O que vale mais, o show ou os respiradores para Covid?

No mínimo, o chefe do Executivo bastense deve satisfação à população sobre o que ocorria entre quatro paredes de sua administração, mas ele perdeu a oportunidade de se defender de qualquer “julgamento” da sociedade que ele representa, com a mesma ênfase que deu para a confusão que ele armou, sobre o famigerado show de Wesley Safadão.

Ele contratou o show para uma data (17 de julho), o Safadão sequer constou de sua agenda e não veio na data marcada. O prefeito estendeu o evento até o dia 21 para se enquadrar na agenda do artista.

Leia também: Safadão nunca teve a Festa do Ovo em sua agenda de shows

EXAMES E DROGAS

Foto: ilustrativa/Divulgação P.M.B.

Não há por exemplo, informações se o motorista da UTI do hospital de Bastos também transportava enfermos, mas o Ministério Público apurou que o veículo oficial da Prefeitura levava exames a serem realizados no Instituto Adolfo Lutz.

Não está claro se a droga adquirida em Pompéia e em Marília era transportada simultaneamente com os exames de pacientes de Covid-19.

Apesar de a Prefeitura não demonstrar interesse de manifestação sobre o escândalo, o blog segue com o espaço aberto para ouvir o contraditório.

Leia também: DESVIO: Prefeitura de Bastos recebeu quase R$ 4 milhões para combate à Covid

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