“Terreno Fértil”: Usando nome de Vaccarezza lobista exige R$ 50 mil para renegociar dívida da CAMAP

Walter Bonaldo ex-secretário de Finanças de Waldemir ao lado da presidente Dilma Rousseff. Aliado de Vaccarezza atuava como lobista intermediando verbas públicas
Walter Bonaldo ex-secretário de Finanças de Waldemir ao lado da presidente Dilma Rousseff. Aliado de Vaccarezza atuava como lobista intermediando verbas públicas

A combalida CAMAP – Cooperativa Agrícola Mista da Alta Paulista renegociou a divida com o RECOOP – Refinanciamento de Cooperativa do governo federal, um instrumento usado para recuperar o capital de giro e ou de investimento de empreendimentos cooperativos falidos país a fora. O financiamento foi feito pelo então presidente da cooperativa, “Waldemir da Camap”, como era conhecido o atual prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Como se esperava, o pagamento dessa dívida quase provocou uma “guerra” no meio rural da região de Tupã, numa tentativa desesperada de receber dívidas de cooperados.

“Capangas” invadiam propriedades rurais e confiscavam amendoim e maquinários de produtores devedores. Enquanto isso, o vice Romildo Contelli, atual presidente fez da cooperativa de produtores subsidiada com recurso público, uma extensão de seu patrimônio particular.

Não demorou para a Camap bater às portas das instituições financeiras governamentais, agora, para fazer o refinanciamento de uma dívida de R$ 1 milhão.

Se antes “Waldemir da Camap” contava com apoio de “Xico” Graziano e do deputado Edson Aparecido, ambos do PSDB, agora Tupã tem um “embaixador” ligado direto com o líder do governo Dilma Rousseff (PT). Cândido Vaccarezza (PT) é a “bola” da vez. Ele até nomeou dois nomes para representá-lo na região da Nova Alta Paulista: o ex-secretário de Administração e Finanças, Walter Bonaldo (PMDB) e Tiago Sousa.

Ao que consta teria dado certo o refinanciamento da Camap junto ao Banco do Brasil, porém, houve um custo. Um diretor da Cooperativa Agrícola e Mista da Alta Paulista, que não quis se identificar, disse ao blog que ouviu próprio lobista exigindo o restante do montante que ele teria cobrado para ser o intermediário: R$ 38 mil.

Ao que consta, no ato da assinatura da renegociação da divida, o lobista já teria embolsado R$ 12 mil. Tupã se tornou mesmo um “terreno fértil” para viabilizar investimentos público/privado para alguns.

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