A crise econômica, política, institucional, suspeitas de corrupção e desconfiança do eleitor. Oposição fala em impeachment. Parece retrato da atual situação que vive o país, mas esse fato também é notícia sobre a política em Tupã e foi constatado na noite desta terça-feira (11), durante a abertura oficial da 46ª Exapit – Exposição Agropecuária e Industrial de Tupã.
Depois de uma tarde de reuniões entre alguns assessores e familiares, o prefeito Manoel Gaspar (PMDB) avaliou o potencial da denúncia que maculou a imagem de sua família e colocou em xeque a moralidade da administração após um cheque da prefeitura ter sido trocado na “boca do caixa” pelo próprio filho, o empresário Gustavo Gaspar (PMDB).
À noite, no recinto de Exposições, Gaspar sentiu-se isolado, cabisbaixo, como se refletisse sobre uma previsão feita pelo blog, em novembro de 2012, logo após a espetacular vitória nas urnas com a marca de 21.001 votos. Desolado e ao lado da oposição, Gaspar pediu o próprio impeachment. “Pede logo o meu impeachment e acaba logo com isso”, solicitou Gaspar ao vereador Caio Aoqui (PSDB), como se quisesse antecipar o martírio. Procurado pela reportagem, Caio Aoqui desconversou, porém, não desmentiu.
Mas ao mesmo tempo em que o prefeito demonstra humildade, não admite os erros políticos cometidos de forma sucessivas. Gaspar mantém-se aliado ao principal responsável pela sua derrocada política, pessoal e moral. Se não bastasse, ainda teria tentado tirar satisfações com a superintendência da Caixa Econômica Federal, com sede em Presidente Prudente, sobre a atitude do gerente geral da Caixa Econômica de Tupã, Carlos Roberto Ruiz Estevam. Ele atestou em ofício de 24 de fevereiro, que o filho do prefeito foi o autor do saque na “boca do caixa” realizado na sexta-feira (28) de fevereiro de 2014.
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