Nomeada de Passe Livre, a operação prendeu o amigo íntimo de Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai. A Polícia Federal também realizou buscas na cidade de Lins.
Com a prisão do amigo íntimo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, falta apenas identificar o chefe. É questão de tempo, cita a revista Veja, conforme um organograma que traz na página 56 da edição desta semana.
O ex-presidente Lula, citado em depoimentos de várias testemunhas como beneficiário do esquema do petrolão, nega veementemente. Apesar disso, há quem afirme que a foto do chefe que pode aparecer no gráfico da estrutura hierárquica da organização deverá ser a de Lula.
Além da prisão do pecuarista, a 21ª fase da operação Lava Jato, cumpriu nesta terça-feira, 25 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, um mandado de prisão preventiva e seis mandados de condução coercitiva em São Paulo (SP), Lins (SP), Piracicaba (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Dourados (MS) e Brasília (DF).
O pecuarista José Carlos Bumlai foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira (24), em um hotel na capital federal. Ele estava hospedado em Brasília para depor na CPI do BNDES. Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Lula, foi citado na delação premiada do lobista Fernando Baiano. Baiano disse que o pecuarista seria uma espécie de lobista na Sete Brasil, empresa que administra o aluguel de sondas para a Petrobras.
Em depoimento ao Ministério Público Federal, Baiano disse ter repassado R$ 2 milhões a Bumlai, dinheiro seria usado para pagar uma dívida imobiliária de uma nora de Lula.
Segundo a PF, “complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dos valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal”.
Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de fraudes a licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Em reportagem desta semana da revista Veja um dos cérebros da investigação que apresentou aos brasileiros as entranhas do maior escândalo de corrupção da história do país, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirma que a força-tarefa da Operação Lava-Jato, que já identificou e levou à cadeia corruptos e corruptores, está se aproximando dos mentores do petrolão.