“Todos Somos Débora”: grupo criado no WhatsApp vai promover protesto contra a violência à mulher

Centenas de pessoas estão mobilizadas através de um grupo criado no WhatsApp após o crime passional que tirou a vida da bancária Débora Goulart Subires, 33 anos. Antes de morrer a vítima foi muito espancada. O sepultamento será às 16 horas, na pacata cidade de Luiziânia, com pouco mais de 5 mil habitantes, localizada na microrregião de Birigui.

Somos Débora

A pretensão é conscientizar e alertar a população sobre a violência contra a mulher. Débora foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (22), após amigos sentirem sua falta no Banco Bradesco. A Polícia foi avisada e o corpo da vítima foi encontrado dentro do quarto da residência localizada na Rua Tupinambás, 542, centro, onde ela morava com o marido. Ele é o principal suspeito do feminicídio. Presume-se que o crime tenha ocorrido na noite de segunda-feira (21).

É até possível que o crime tenha sido premeditado. Débora lutou contra seu agressor, mas foi violentamente espancada e recebeu três golpes de faca que ceifaram sua vida. Os quatro cães da família permaneceram o tempo todo ao lado do corpo. Débora pretendia separar-se de seu marido. Ele já trabalhou como vigia, mas ultimamente estaria desempregado.

Na tarde de segunda-feira, após o expediente, ele estava no local de trabalho da esposa para buscá-la. Amigos da vítima viram quando Débora saiu com os olhos marejando em lágrimas, como se soubesse o que estava por vir.

O marido é o principal suspeito também pelo fato de ter desaparecido, e com ele o veículo de Débora, um Fiat Punto, cor preta, placa ETM-9729/Tupã. A Polícia Civil monitora o celular do acusado para tentar descobrir o paradeiro dele. Boatos surgiram de que o suspeito estaria no litoral paulista, um trajeto de muita fiscalização e de postos de pedágio, e que naturalmente dificultaria o percurso que percorreu.

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