Depois de praticamente emplacar o presidente da APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, Benedito Rodrigues na Secretaria de Agricultura, o G-4 – Grupo de quatro vereadores da Câmara de Tupã (527 km de São Paulo) na região centro oeste paulista, também quer outra pasta. Agora, a de Esportes, Recreação e Lazer, atualmente comandada por José Carlos Feliciano, “Digão”. “Digão” foi emplacado pela ex-eminência parda do ex-prefeito, ex-tucano Manoel Gaspar, hoje no (PSC), Luis Antonio Feliciano, irmão do chefe de esportes.
Essa secretaria sempre teve no passado recente a indicação do parlamentar Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP), um dos integrantes do G- 4, composto ainda por Danilo Aguillar Filho (PSB), o presidente do Legislativo, Luis Carlos Sanches (PTB) e Augusto Fresneda Torres, “Ninha Fresneda” (PSDB).
O grupo é unido, forte e, ainda, conta em algumas situações como o suposto apoio do vereador Valdemar Manzano Moreno (PPS) que nega veementemente. A pressão às vésperas de mais uma eleição municipal, faz o prefeito de Tupã, Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) ceder. Ele cede não só por uma questão de aglutinação política, mas, sobretudo, pelo temor de outras contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Todas as contas anteriores também com apontamento negativo do TCE, foram aprovadas pelo Câmara de Tupã, mas a um custo alto para o Executivo. É preciso manter constantemente o balcão de trocas. Os vereadores sabem disso e se aproveitam do momento. Waldemir terá outras contas rejeitadas pelo TCE e, só o G-4 poderá ajudar a aprová-las, porém, para isso, é preciso trocar.
Se Waldemir quiser contas sob suspeita de irregularidades aprovadas pelo Legislativo, vai ceder a mais algumas solicitações. Aliás, ao admitir que a Secretaria de Agricultura comandada por Edson Schiavon (PSDB) poderia ter um substituto, o chefe do executivo tupãense assinalou com a possibilidade de fazer outras trocas. É um indicativo de que o G-4 exigiu alguma outra Secretaria em troca de possíveis apoios políticos.
O G-4 diz que a exigência de hoje é para que o prefeito cumpra obrigações políticas referentes às eleições passadas. Waldemir Gonçalves Lopes mira na mesma direção, entretanto, projeta para o futuro os compromissos ratificados ou retificados: “Já estamos visando às eleições de 2012”, diz ele.
Em verdade, quando o prefeito diz isso, não mente, mas também não fala a verdade. A verdade mesmo é que tenta criar um factóide, uma espécie de blefe político, para justificar a manutenção do balcão de troca. Está mesmo mais preocupado em ter as contas aprovadas pela Câmara para não se tornar inelegível e, por conseqüência, também o vice-prefeito César Donadelli (PV), possível candidato a candidato à prefeitura de Tupã, com apoio da administração, caso ele consiga ir para o partido dos tucanos, sem se comprometer com eventual infidelidade partidária com o “ninho” do Partido Verde.