O Transporte de pacientes, estudantes e a coleta de lixo está garantida pelo menos até a próxima terça-feira.
O prefeito José Ricardo Raymundo (PV), baixou uma circular regulamentando exclusividade de abastecimento para veículos que prestam serviços considerados essenciais em tempos de crise.
De acordo com o documento, está autorizado abastecer no Almoxarifado da prefeitura apenas veículos que fazem o transporte de pacientes – ambulâncias, de estudantes e de coleta de lixo.
A greve dos caminhoneiros iniciada segunda-feira, dia 21, já provoca o desabastecimento no país. A falta de transporte realizado através de caminhões é a causa principal.
A maioria dos produtos industrializados são transportados pelas estradas. O rodoviário é o mais utilizado no Brasil, sendo o país um dos mais dependentes desse tipo de transporte para a carga.
Por essa razão, além de produtos alimentícios, entre outros, o próprio combustível que faz movimentar essa gigantesca frota, também depende desse meio de transporte. E, sem ele, tudo para.
Assim, prefeituras do país inteiro, entre elas, a de Tupã enfrenta um drama a partir de já. O estoque deve durar mais tardar até quinta-feira, dia 31, feriado de Corpus Christi. “Essa é a minha previsão, a partir das medidas tomadas pelo prefeito”, garantiu de forma otimista o secretário de Obras e Trânsito, Renan Pontelli.
Já o secretário de Governo, Moacir Monari, explicou que o prefeito e alguns secretários se reuniram para gerenciar a crise, “não foi criado nenhum comitê especifico para tratar da questão, mas medidas de contenção de consumo de combustível foi determinada pelo prefeito, priorizando serviços essenciais”.
Mais contido, Monari espera que o combustível no posto da prefeitura seja suficiente para até a próxima terça-feira, dia 29. “Os funcionários da prefeitura que vão trabalhar neste fim de semana na Comitiva Tropeira foram orientados a fazer uso de seus veículos particulares”, disse Ele.
De uma forma ou de outra, seja terça ou quinta-feira, a verdade é que, caso a greve dos caminhoneiros se prolongue, também não haverá transporte de alunos, de pacientes, e nem coleta de lixo.
Os caminhoneiros definitivamente dão mostras do poder da categoria, tratada sem a devida consideração pelo governo federal – hoje refém de seu próprio descaso com o meio que pode ser a marca do desenvolvimento – a infraestrutura e logística de transporte de seus principais produtos que impactam na construção do PIB – Produto Interno Bruto do país.
O QUE OS CAMINHONEIROS QUEREM?
De acordo com o portal pleno.news/brasil, a principal exigência do grupo é a redução no preço do óleo diesel, já que os motoristas consideram que o preço atual inviabiliza o transporte de mercadorias no país, realizado principalmente por rodovias. Uma das solicitações é que o governo altere a regra de reajustes no preço dos produtos, que atualmente varia dependendo das cotações internacionais.
Eles querem também o fim das alíquotas de PIS (Programa de Intervenção Social) e de Cofins (Contribuição para o Orçamento da Seguridade Social), assim como a isenção da Cide para transportadores autônomos.
Além disso, há outras reivindicações, como redução de pedágios em caso de eixos dos veículos estarem suspensos, a criação de um marco regulatório para os caminhoneiros e a aprovação de um projeto de lei que estabelece preços mínimos para o frete.
Os manifestantes também apresentaram propostas para o governo, como a criação de um sistema de ofereça subsídio para adquirir de óleo diesel pelos transportadores autônomos e a criação de um fundo de amparo ao transportador autônomo.